As vendas de sêmen de gado corte cresceram quase 20% em 2018 na comparação com o ano anterior. Foram comercializadas 9.622.282 doses, um volume 19,2% maior do que o registrado em 2017, quando foram negociadas 8.071.287 doses pelas centrais que integram a Asbia, a Associação Brasileira de Inseminação Artificial. A informação foi divulgada em primeira mão pelo Giro do Boi desta segunda, dia 11, que teve como destaque entrevista em estúdio com o presidente da associação, Sérgio Saud.
Desta forma, a média das fêmeas de corte em idade reprodutiva no Brasil que estão sendo inseminadas artificialmente chega aos 13,7%. Os números foram divulgados pela própria Asbia em estudo realizado em parceria com o Cepea – Esalq/USP. Veja abaixo o gráfico que aponta a proporção do rebanho de vacas de corte inseminadas em cada estado:
Na pecuária de leite, as vendas cresceram, mas de maneira menos expressiva, saindo de 4.063.151 doses em 2017 para 4.208.867 doses de sêmen em 2018, evolução de 3,6%. No acumulado das vendas de doses de sêmen de gado de corte mais leite, o avanço foi de 14%, passando de 12.134.438 doses vendidas em 2017 para 13.831.149 doses.
Ao Giro do Boi, Saud comentou os números e trouxe ainda uma expectativa para o desempenho do setor no ano de 2019. “O que a gente está enxergando é que a partir do momento que houve uma maior estabilidade do cenário político e econômico no país, e estamos longe ainda de estar com a situação resolvida, mas pelo menos houve uma perspectiva mais positiva, o pecuarista voltou a investir fortemente, respondendo a todos os trabalhos que nós fizemos de fomento, de demonstração da vantagem do uso da inseminação artificial”, comemorou.
Em sua participação, Sérgio Saud comentou também a criação do cargo de gerente executivo da associação, que será ocupado pelo ex-presidente da Asbia, Carlos Vivacqua, e também o projeto de lei aprovado pela Paraíba que proíbe a inseminação artificial no estado. “Essa é uma lei pensada no bem-estar animal, mas sem informação técnica. […] Acredito muito mais no lado da falta de conhecimento que levou a esta proibição tão fora de tempo”, lamentou.
Confira a entrevista completa no vídeo abaixo: