Um estudo da Embrapa Agrossilvipastoril, com sede localizada em Sinop-MT, comprovou o conhecimento empírico do produtor rural sobre a mitigação de riscos promovida pela integração lavoura-pecuária-floresta. Quem falou sobre o tema no Giro do Boi desta quinta, 18, foi a médica veterinária Mariana Takahashi, que atua no próprio centro de pesquisa.
“Um dos grandes argumentos para se defender a integração é justamente de que o produtor não coloca todos os ovos na mesma cesta”, disse Takahashi à equipe de reportagem do Giro do Boi em mais um episódio da série especial sobre sistemas integrados. A pesquisadora frisou, no entanto, que faltavam estudos robustos que comprovassem tal tese.
“Para o Mato Grosso, nós vimos que os principais produtos que saem das integrações realmente têm mercados independentes. De fato quanto tem produtor que faz soja, milho, e boi, se o preço da soja cai, eu tenho ainda outros dois produtos que conseguem segurar um pouco a receita desse produtor”, assegurou. “Quando nós diminuímos o preços da soja em 15%, na integração tem uma variação na lucratividade de mais ou menos 20% a 25%. Quando eu faço essa variação para uma fazenda só de agricultura, soja e milho, temos uma diminuição de quase 50% na lucratividade”, exemplificou.
Para a pecuária, a pesquisadora calculou por meio do modelo usado no estudo que uma queda de 15% no preço da arroba do boi gordo gera queda de 5% no lucro do produtor que integra, mas em fazenda só de pecuária a queda no lucro é de 15%.
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