Se você quer ganhar dinheiro com a TIP, preste atenção: seis regras de ouro definem o sucesso ou o fracasso do sistema. Assista ao vídeo abaixo e confira cada um dos seis pontos destacados.
E quem compartilhou essas diretrizes no Giro do Boi desta sexta-feira, 9 de maio, foi Welton Cabral, zootecnista, especialista em nutrição e manejo de bovinos e CEO da Gesta’up Company.
Direto da Fazenda Estrela Jacamim, em Nova Mutum (MT) — que termina 12 mil bois por ano na TIP — Welton trouxe um manual prático baseado em 16 anos de experiência a campo. Anote e aplique, porque o momento de planejar a seca é agora!
1. Foque na carcaça, não apenas no peso vivo
A primeira regra é clara: o que paga a conta é o rendimento no gancho. De acordo com estudos da APTA, muitos pecuaristas ainda se iludem com o GMD (ganho médio diário), mas o que realmente importa é o quanto o animal deposita de carne útil na carcaça.
“Um animal que ganha 1,5 kg/dia pode entregar mais carcaça do que outro que ganha 2 kg, se a diferença for só de trato digestivo”, explicou Welton.
2. TIP só funciona com pasto bom
O volumoso da dieta vem da forragem, e isso exige pasto de qualidade. A orientação é piquetes de até 20 hectares, com oferta rotacionada e controle do consumo.
“Muita gente achava que o pasto era secundário. Mas o ajuste fino que potencializa o desempenho está na fibra colhida no campo”, alertou o zootecnista.
3. Use indicadores para medir a eficiência
Não dá para fazer TIP no escuro. O pecuarista deve saber exatamente quantos quilos de ração são necessários para produzir uma arroba. A média de eficiência é 120 kg de matéria seca por @.
“Se você gasta mais do que isso, há algo errado. E se conseguir menos, parabéns: está excelente!”
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4. Cocho precisa de estrutura e inteligência
A TIP exige cocho largo, com cobertura e boa capacidade de estocagem. Welton recomendou cochos com 1 metro de boca e destacou que tratar dia sim, dia não é possível, desde que haja estrutura.
“Ração à vontade evita disputa e melhora o bem-estar animal. Os bois comem em grupos, sem estresse e com autorregulação”, disse.
5. Fezes dizem tudo sobre o desempenho
Observar as fezes dos animais é fundamental para entender a saúde do rebanho e o equilíbrio da dieta. Textura, cor e presença de grãos revelam problemas como acidose, falta de água ou desequilíbrio na formulação.
“Quem não entende de bosta de boi, não entende de boi”, resumiu Welton, reforçando que o “raio X do desempenho está no chão”.
6. Ajuste o tamanho dos piquetes
Piquetes muito grandes dificultam o aproveitamento do pasto e aumentam as sobras. O ideal é trabalhar com áreas entre 15 e 20 hectares, ajustadas à lotação e à capacidade de pastejo.
“Com piquetes menores, o animal pasteja melhor e ajuda na uniformidade do consumo da área”, explicou.
TIP: democratização com gestão afiada
A TIP é democrática, tem custo mais baixo que o confinamento e permite começar com menos estrutura. Mas, como diz Welton, não há margem para erro. É lavoura de boi: exige rotina, pessoas comprometidas e água de qualidade.
“A pecuária de sucesso será de quem planejar, ajustar o pasto e controlar cada detalhe da operação.”
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