O planejamento nutricional das matrizes é o fator decisivo para o sucesso da estação de monta e para alcançar o desejado “bezerro do cedo”. A vaca e a novilha devem ter um equilíbrio no escore corporal que garanta a maior taxa de prenhez e promova economia ao criador.
Segundo o zootecnista Bruno Marson, diretor técnico comercial da Connan, a fêmea não pode estar nem magra, nem obesa.
Confira:
Para estarem aptas à reprodução, as novilhas devem atingir entre 60% e 65% do peso adulto. Já as multíparas (vacas adultas) devem chegar a um escore corporal de 3,5, em uma escala que vai de 1 a 5.
Apenas a nutrição equilibrada proporciona essa condição, diminuindo o intervalo entre partos e melhorando a produção de quilos de bezerros desmamados por matriz exposta.
A nutrição como plano emergencial
O atraso na chegada das chuvas pode impactar o início da estação de monta, exigindo um plano nutricional emergencial para recuperar o escore corporal das fêmeas.
O escore de condição corporal (ECC) é o indicador do status energético e das reservas corporais da vaca:
- Fêmeas com escore 3,5 ou superior: devem ser mantidas com suplemento mineral aditivado ou mineral comum (com 80 de fósforo). Suas reservas energéticas já estão adequadas.
- Fêmeas magras (escore 2 a 2,5): o manejo correto é separar essas fêmeas e iniciar uma suplementação mais intensa. O ideal é o uso de um proteico-energético com 20% a 23% de proteína, na dosagem mínima de 0,3% do peso vivo (cerca de 1 kg a 1,5 kg/dia).
O objetivo é que, em cerca de 30 a 60 dias, a fêmea recupere o status energético para voltar a ciclar, melhorando a taxa de concepção e a fertilidade.
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O desafio da novilha de primeira cria
A primípara (novilha de primeira cria) é a categoria mais exigente do rebanho, pois precisa crescer, produzir leite e reconceber. Por isso, a reconcepção é o ponto mais vulnerável.
- Precocidade: a suplementação energética é fundamental para que as novilhas com bom melhoramento genético (pensado para a precocidade sexual) emprenhem aos 14 ou 15 meses.
- Reconcepção: após o parto, a primípara deve ser tratada com proteico-energético (no mínimo 0,3% do peso vivo) até a reconcepção. Se ela for colocada em manejo de vaca adulta, apenas com mineral comum, a chance de falha na reconcepção é alta.
O investimento em nutrição deve ser acompanhado de um bom planejamento genético e do auxílio de um técnico especializado (zootecnista ou veterinário) para garantir a assertividade da estação de monta.
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