Já pensou em fazer uma estação de monta invertida na fazenda? Uma propriedade de Mato Grosso, há 20 anos, está fazendo isso e está abatendo o gado ano meno ano do desmame. Assista ao vídeo abaixo e confira os detalhes.
A estação de monta invertida é um dos grandes pilares do Sistema Pontal. O programa Giro do Boi entrevistou nesta terça-feira, 28, o pecuarista José Leandro Olivi e o pesquisador Bruno Pedreira. Eles deram os detalhes de 20 anos de acompanhamento dessa técnica.
Olivi é engenheiro agrônomo e titular da fazenda Pontal, em Nova Guarita (MT), onde o sistema foi instalado.
Já Pedreira é doutor em ciência animal e pastagens, acompanhou o sistema quando era pesquisador da Embrapa Agrossilvipastoril, em Sinop (MT). Atualmente ele é professor da Universidade Estadual do Kansas, nos Estados Unidos.
Como é a estação de monta invertida?
Com bons pastos na estação seca, o uso da integração lavoura-pecuária resolveu boa parte do maior gargalo da pecuária no Centro-Oeste brasileiro, que é a falta de forragem no inverno.
Isso possibilitou a inversão da estação de monta, ou seja, a inseminação artificial das novilhas deixou de ser feita de outubro a dezembro e passou a ocorrer entre julho e setembro. Com isso, os bezerros passam a nascer entre março e julho e são desmamados no período chuvoso.
Agregação de valor com a pecuária
Os bezerros machos desmamados que atingem determinado peso são encaminhados para a recria na propriedade, ficam nas pastagens de ILP até junho e são terminados em confinamento.
As fêmeas nelore são inseminadas com 14 meses e com 22 meses já estão com bezerro ao pé. Já as novilhas angus vão para abate com 16 a 17 meses e têm a carne destinada ao mercado gourmet.
Confira a entrevista na íntegra com as tecnologias para a inversão da estação de monta na fazenda.