O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA, na sigla em inglês) possui escritórios em diversas partes do mundo. Assista ao vídeo abaixo e entenda qual é o papel deste importante órgão que é o Ministério da Agricultura americano.
O Giro do Boi entrevistou nesta quarta-feira, 12, o especialista em comércio internacional e relações governamentais Saulo Nogueira. Ele é assessor de comércio agrícola do órgão no Brasil.
“Nosso foco é o mercado brasileiro em reunir dados da produção brasileira de agricultura e pecuária do Brasil”, diz Nogueira.
O órgão tem um papel importante no monitoramento da produção mundial de alimentos.
O USDA possui 90 escritórios espalhados pelo planeta e pública, ao menos, dois mil relatórios anuais com informações sobre mercados agrícolas, condições de cultivo e a dinâmica agropolítica de interesse dos norte-americanos.
O USDA no Brasil
O USDA está representado no Brasil por três escritórios: Office of Agricultural Affairs (OAA), o Animal and Plant Health Inspection Service (APHIS) e o Agricultural Trade Office (ATO).
O Office of Agricultural Affairs (OAA) é o Escritório para Assuntos Agrícolas;
O Animal and Plant Health Inspection Service (APHIS) é o Serviço de Inspeção Sanitária e Fitossanitária de Animais e Plantas.
Ambos OAA e APHIS estão localizados na Embaixada dos Estados Unidos em Brasília (DF).
Já o Agricultural Trade Office (ATO) é o Escritório de Promoção de Produtos Agroindustriais dos Estados Unidos. O escritório está instalado no Consulado Geral dos Estados Unidos em São Paulo.
Relação comercial entre Brasil e os Estados Unidos
O Brasil e os Estados Unidos hoje são os maiores produtores e exportadores de carne bovina no mundo. Apesar de serem concorrentes de mercado, os países tem se consolidado como grandes parceiros comerciais.
“A produção de carne bovina vem aumentando e enxergamos que o Brasil e os Estados Unidos não são tão concorrentes, pois cada um foca num tipo diferente de cortes de carne bovina”, diz Nogueira.
O especialista enxerga oportunidades para ambos os países, especialmente no mercado asiático, liderado pela China.
O gigante asiático tem uma tendência muito forte no consumo de carne bovina, com a inclusão da proteína vermelha, ao menos, uma vez por dia na refeição da população chinesa.
Tendência da produção de carne bovina
O Brasil segue uma tendência de maior produção de carne bovina o que pode melhorar levemente o consumo entre a população.
“A previsão é de um aumento de 1,6% no consumo de carne bovina em relação a 2022. A tendência é ter maior disponibilidade de carne no mercado”, diz Nogueira.
O aumento dos estoques segue uma tendência mundial com mais oferta de carne bovina. Confira a entrevista os detalhes e o panorama de mercado para a carne bovina e como Brasil pode se fortalecer no mercado americano.