A Embrapa Gado de Corte, unidade de pesquisa localizada em Campo Grande (MS) e vinculada ao Ministério da Agricultura (Mapa), terá, pela primeira vez, uma mulher na chefia geral. A pesquisadora Mariana de Aragão Pereira foi escolhida para liderar o Centro de Pesquisa a partir do dia 1º de janeiro de 2026, para um mandato de dois anos.
Mariana de Aragão é zootecnista formada pela Universidade Federal Viçosa (MG), com doutorado em Agricultural Management pela Universidade de Lincoln, Nova Zelândia. Ela ingressou na Embrapa em 2001 e se destacou por sua habilidade em atuar tanto em pecuária quanto em administração. A nova gestora trabalhou intensamente com análises econômicas e avaliação de impacto de tecnologias.
A zootecnista foi pioneira na aplicação de metodologias inovadoras no Brasil, como a Q-methodology, em estudos agropecuários. Sua gestão será baseada nos pilares: sustentabilidade, inovação, capacitação e transformação digital.
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Ferramentas de gestão e representação internacional
Um dos maiores legados de Mariana de Aragão é sua contribuição para o avanço da gestão na atividade pecuária. Ela ajudou a trazer ferramentas gerenciais essenciais, como o Controlpec, Gerenpec e CustoBov, que auxiliam o produtor a ter uma visão clara do seu negócio. Além disso, desde 2020, ela é a coordenadora nacional do Programa de Boas Práticas Agropecuárias (BPA), com a missão de reestruturá-lo.
O reconhecimento de seu trabalho ultrapassa as fronteiras. Aragão representa o Brasil em importantes esferas internacionais:
- Conselho da IFMA (International Farm Management Association) como representante da América do Sul.
- Conselho Científico da WFO (World Farmers Organization), onde é a única brasileira.
A nova chefe-geral também integra o Enrich in LAC, uma organização focada na aproximação de parceiros latino-americanos e europeus para fins de cooperação e financiamentos.
Ciência centrada no produtor e foco em 50 anos de história
A escolha de Mariana de Aragão segue um rigoroso processo de seleção, que inclui análise curricular e defesa de proposta de trabalho. Ela assume a liderança do Centro no ano em que a Embrapa Gado de Corte completa 50 anos.
Suas pesquisas são centradas no produtor rural. Ela é pioneira na aplicação de abordagens que consideram aspectos psicossociais que moldam as decisões do pecuarista, garantindo que as tecnologias da Embrapa sejam aplicadas de forma eficiente no campo. Mais recentemente, ela intensificou sua atuação em avaliações de impacto que integram o Balanço Social da Empresa.
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