Embrapa afirma: boi emite menos metano do que dizem dados internacionais

Esta é apenas uma das conclusões preliminares de um estudo da Embrapa Pecuária Sul. Confira os detalhes dessa pesquisa

O boi emite menos metano do que dizem os dados internacionais. Este é apenas um dos primeiros dados preliminares de um estudo que está sendo desenvolvido pela Embrapa Pecuária Sul, localizada em Bagé (RS).

Os pesquisadores querem saber quanto é precisamente a emissão de metano dos reprodutores bovinos de raças europeias no País.

Quem deu detalhes sobre este estudo foi a pesquisadora Cristina Genro. Ela foi uma das entrevistadas principais do Giro do Boi desta segunda-feira, 12.

“Os dados internacionais falam numa emissão de 55 quilos de metano por ano por bovino. No entanto, o que percebemos é que o boi brasileiro emite 48 quilos de metano por ano”, diz Genro.

Os dados a que a pesquisadora se refere são os considerados pelo Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC, na sigla em inglês).

O IPCC é uma organização científico-política criada em 1988 e está ligada à Organização das Nações Unidas (ONU).

Os números podem atestar um patamar brasileiro de sustentabilidade melhor frente a produção de bovinos de corte no resto do mundo.

“Um dado como esse é muito importante para o País, que firmou um compromisso global de reduzir 30% das emissões de metano na pecuária”, diz a pesquisadora.

O gene da menor emissão de metano

Estudo da Embrapa Pecuárai Sul avalia reprodutores bovinos que recebem a mesma dieta. Foto: Fernando Goss/Embrapa Pecuária Sul
Estudo da Embrapa Pecuárai Sul avalia reprodutores bovinos que recebem a mesma dieta. Foto: Fernando Goss/Embrapa Pecuária Sul

Um dos objetivos do estudo é justamente traçar um paralelo entre o melhoramento genético e as emissões de gases do efeito estufa.

A estudiosa falou que é preciso avaliar ainda um maior número de animais para que se possa reconhecer bovinos que tenham uma genética para a menor emissão de gases.

“O Brasil deve ser um dos primeiros a ter esse índice de emissão de metano na avaliação dos seus reprodutores”, diz a pesquisadora.

Confira a entrevista na íntegra e confira como ela pode revolucionar a pecuária de corte do País.