Em meio à sucessão, fazenda adotou IATF e taxa de prenhez saltou para 93%

Conheça o projeto de cria da Fazenda Entre Rios, em Caçu-GO, que modernizou o seu manejo reprodutivo em meio ao processo de passagem do bastão

Nesta quarta, 02, o Giro do Boi reexibiu reportagem da série especial Rota do Boi, em que contou a transição entre gerações e entre tecnologias na Fazenda Entre Rios, localizada em Caçu, no estado de Goiás.

A fazenda do patriarca Márcio Pereira, tradicionalmente voltada à recria e engorda, incorporou a fase de cria ao sistema de produção ao passo que seu neto, Fernando Pereira da Silveira, começou a fazer parte das decisões na propriedade.

“Eu tive meu primeiro contato com gado já nos primeiros meses de vida. Meu avô sempre foi pecuarista e sempre incentivou a família inteira, principalmente a mim, a estar presente nos negócios da família […]. Quando eu decidi fazer faculdade, sempre me enxerguei trabalhando no agronegócio e, como era um negócio de família, me dediquei a fazer faculdade de agronomia. E aí, desde então, me profissionalizei nisso e é o que eu gosto de fazer e me ajuda bastante no dia a dia”, disse o jovem pecuarista.

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A combinação entre a experiência e a energia de uma nova geração fez com que a propriedade colhesse bons frutos quando teve a reprodução introduzida em sua dia a dia. “Na nossa fazenda de cria, a gente inseriu junto uma política de IATF que a gente não tinha. Era só monta natural. Então a IATF foi uma tecnologia que a gente pôde ter contato juntos, aprender a fazer e hoje é uma atividade essencial para o nosso manejo, para a nossa cria”, reconheceu Fernando, acrescentando que o resultado em prenhez positiva saltou de 70% com o sistema exclusivo de monta natural para 93% com a inseminação artificial por tempo fixo.

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A adoção de tecnologia fez com que a fazenda se tornasse uma referência não somente em índices quantitativos, como qualitativos também, aumentando o volume de produção de carne de qualidade a partir do cruzamento industrial. “No começo, a gente tinha implantado o cruzamento só em uma parte das matrizes e agora já é realidade em todo o rebanho. 100% do nosso rebanho estão sendo inseminados com a prática de IATF com cruzamento industrial com a raça Angus e, agora, vamos trabalhar com eles aqui na nossa fazenda de recria e engorda para ver o máximo que a gente consegue de precocidade e peso”, sinalizou.

Mais tarde, a propriedade se tornaria a primeira de todo o estado de Goiás a abater animais no Protocolo 1953, que dá origem à linha de carnes premium 1953 Friboi, produzida a partir de animais cruzados de diversas raças (mínimo 50% de sangue taurino).

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A parceria com a indústria para receber e aproveitar todas as oportunidades de agregação de valor foi ressaltada pelo produtor. “É muito importante porque hoje o pecuarista depende da indústria para o sucesso e tem que se ter parceiros bons para poder ter sucesso na pecuária. Não adianta você fazer só o porteira adentro bem feito e o porteira afora não ter um resultado bom”, sustentou.

“É muito bom e é muito importante estar sempre presente. A gente tem um bom relacionamento com o Márcio, com o Fernando, com a família toda, e isto tem nos ajudado bastante a levar esta matéria prima de muito boa qualidade para os consumidores”, reforçou Hélio Gomes, gerente regional de originação da Friboi.

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Assista a reportagem completa no vídeo abaixo: