Em entrevista concedida ao repórter Marco Ribeiro e exibida nesta sexta, 25, durante o Giro do Boi, o pesquisador da Apta, a Agência Paulista de Tecnologias dos Agronegócios, Gustavo Rezende Siqueira, falou sobre os efeitos do uso excessivo de caroço de algodão da dieta de bovinos de corte.
Nesta ano, com uma safra expressiva de algodão projetada por analistas, o caroço apresenta-se como alternativa viável ao milho, mais caro neste ano, para compor a dieta de animais confinados. “E ele é um excelente alimento, só que ele tem um limite para ser usado, o animal tem uma capacidade de digerir aquele extrato etéreo dele”, ponderou Siqueira.
“O caroço de algodão, num certo nível é até remédio, pois ele tem fibras que ajudam o rúmen do animal, mas em excesso ele vira veneno”, advertiu.
Segundo Siqueira, a recomendação geral é que o caroço de algodão não represente mais do que 10% da dieta do animal, mas o pecuarista não pode abrir mão de fazer contas sobre o aproveitamento deste ingrediente. “Não é porque o quilo da matéria seca é mais barato que a arroba produzida vai ser mais barata ou que o lucro do animal vai ser maior, então a gente tem que usar qualquer que sejam os alimentos até o nível certo”, declarou.
Veja a entrevista de Gustavo Rezende Siqueira pelo vídeo abaixo: