O Giro do Boi exibiu nesta sexta-feira, dia 07, entrevista com o pecuarista Romeu Barbosa Ribeiro, cuja família conta com propriedades na região do Pantanal e do Cerrado sul-mato-grossense, entre elas a Fazenda Anahí, em Porto Murtinho-MS. O produtor é representante de uma geração de pecuaristas que passam pelo processo de sucessão e estão sendo incorporados aos negócios da família com uma visão renovada sobre gestão e produtividade.
“A nossa família é tradicional na pecuária, de muitos anos, da família do Laucídio Coelho. Eu morei alguns anos fora e estou aqui no Brasil faz 15 anos e estou trabalhando com a família. O pai ainda é meu chefe, ainda tem sistema que deu certo, que está dando certo, que é o sistema antigo de se criar o gado, mas ele mesmo está vendo que estamos precisando inovar em alguns assuntos”, pontuou Ribeiro.
Entre estas inovações para dentro da porteira está o uso de defensivos para garantir a produtividade das pastagens, disse o pecuarista. As propriedades estão em uma região do estado que se dividem ora em Cerrado, ora em Pantanal, o que muda as características das plantas daninhas que prejudicam o desempenho dos animais em engorda a pasto.
Além da aplicação de herbicidas para evitar a queda de produtividade das forrageiras, Romeu está incorporando à fazenda uma ferramenta para trazer mais precisão no diagnóstico das áreas a serem tratadas. “O drone é uma novidade. Eu que estou gastando um pouco de tempo com o drone, estudando o software para mapear a fazenda e fazer uma análise de pragas versus o capim produtivo. É só o início, eu estou começando a explorar e acredito que vai ajudar a gente a fazer a análise correta para ver, por exemplo, ser vai aplicar herbicida, se vai reformar pasto com trator para depois aplicar o produto”, ponderou Romeu.
Na entrevista, o produtor falou sobre sua experiência com o processo de sucessão familiar e fez recomendações sobre como a nova geração pode tornar a transição com menos desgaste. “Quando a gente tem um choque de gestão familiar, em que o mais velho tem a maior experiência, que já acertou e já errou, e nós que somos mais novos, que erramos menos e que ainda vamos acertar, a gente precisa experimentar. Selecione um pedaço da fazenda, faça um teste para mostrar para a geração mais velha (os resultados). Esta é a única maneira, no momento, para a gente poder argumentar. Porque argumentar na teoria, sem ter a prática, você não ganha. Você tem que ter os dois”, recomendou.
Confira a entrevista completa no vídeo abaixo: