O zootecnista Guilherme Marquez, com expertise em raças leiteiras, ofereceu um esclarecimento abrangente sobre a complexa digestão bovina. Em resposta a Orlando Leite Rocha, de Água Branca (PB), e espectador do Giro do Boi, Marquez desdobrou o processo em uma linguagem acessível, buscando facilitar a compreensão do pecuarista. Assista ao vídeo abaixo e confira.
Marquez introduziu a dicotomia entre alimentar a população microbiana e o próprio animal, ressaltando a importância de um equilíbrio entre carboidratos, proteínas, lipídios, minerais e vitaminas para uma dieta eficaz.
A água, como destaca, é crucial para manter a alta umidade no rúmen, que é vital para a função digestiva dos bovinos.
O caminho da nutrição bovina
O sistema digestório do bovino é composto por rúmen, retículo, omaso e abomaso. O rúmen atua como a sede principal da fermentação, onde os carboidratos são degradeados, levando à absorção de ácidos graxos pela parede do rúmen.
No omaso, ocorre a absorção hídrica de 60 a 70% do total ingerido. Já as proteínas seguem para o intestino delgado para serem absorvidas.
O papel da população microbiana
A população microbiana que reside no rúmen desempenha um papel vital na digestão, digerindo o alimento e se multiplicando.
Ao morrerem, transformam-se em proteína microbiana, que é transportada ao intestino delgado e absorvida, alimentando efetivamente o animal.
Complexidade e cuidados na nutrição
A nutrição proteica exige uma atenção especial, com variações como proteína metabolizável e proteína protegida, que escapam da digestão preliminar e são absorvidas mais adiante no sistema.
A expertise do nutricionista e do zootecnista se faz necessário para adequar o fornecimento de nutrientes e garantir a absorção eficiente dos diversos componentes da dieta, atendendo às necessidades específicas de cada animal.
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