Nesta sexta-feira, 12, o Giro do Boi levou ao ar entrevista de repórter Marco Ribeiro com Liria Hiromiokuda, pesquisadora do Instituto Biológico de São Paulo, localizado na Vila Mariana dentro da própria capital e vinculado à Apta, Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios.
O IB, como é chamado, desenvolve produtos e elabora metodologias e protocolos de ação para o combate e o controle das doenças virais, como a BVD, diarreia viral bovina, rinotraqueíte infecciosa bovina, que compromete as vias respiratórias dos animais, e a leucose enzoótica, uma das doenças que mais acometem o rebanho leiteiro e está relacionada a uma espécie de leucemia.
Somente em 2017, o IB realizou mais de cem mil análises destes e outros males que acometem a bovinocultura brasileira. Segundo Liria, a atividade do instituição é relevante tanto para garantir a segurança do consumidor nos produtos consumidos no Brasil, como a carne e o leite, quanto para abrir novos mercados de escoamento para a produção que vem dos campos brasileiros. “O consumidor, que está no final da cadeia, é para quem na verdade a gente tem que trabalhar bem, e conscientizar também as fazendas de origem”, indicou a pesquisadora.
Segundo Liria, a BVD, por exemplo, uma das doenças que podem ser diagnosticadas pelo Instituto Biológico, está presente em até 70% de todo o rebanho de São Paulo, ou seja, pelo menos 70% dos animais do estado já tiveram contato com o vírus e podem se tornar, potencialmente, portadores da diarreia viral bovina. “Ela compromete a produtividade e muitas vezes o produtor não enxerga, embora esteja sendo enquadrado como causa aborto, diminuindo taxa de concepção”, alertou a pesquisadora do IB.
Veja a entrevista completa pelo vídeo abaixo: