
A gestão estratégica de custos é um divisor de águas para a rentabilidade na pecuária, e um erro crucial do produtor é a confusão entre despesas não operacionais e investimentos.
Em mais um episódio da série “A Conta do Boi”, o doutor em Zootecnia, Gustavo Sartorello, explica que o gestor responsável precisa separar o “joio do trigo” para ter clareza sobre o resultado real da atividade e evitar culpar a pecuária pela falta de lucro.
Confira:
As despesas não operacionais são aquelas que não influenciam o tamanho do rebanho e a capacidade de produção (como manutenções da sede, multas, website ou gastos com pets da fazenda). O especialista alerta: quando a fazenda banca uma vida pessoal acima da capacidade do negócio, a despesa não operacional comprime o caixa, e o gestor conclui, erroneamente, que “a pecuária não dá lucro”.
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Investimento x gasto: a chave para o crescimento
A diferenciação entre investimento e gasto é fundamental para quem busca o crescimento. O investimento é o capital que deve durar mais de um ciclo produtivo e trazer retorno ao longo dos tempo, integrando-se ao patrimônio do fazendeiro. Confira:
- Exemplos de investimento: compra de gado, formação de silagem, formação de pasto, compra de máquinas e construções.
- Erro comum: colocar tudo no mesmo balaio e chamar de investimento o que é apenas custo do mês. Isso distorce o resultado e faz parecer que a atividade está dando prejuízo quando a causa é apenas a falta de organização.
O perigo da fazenda como “caixa eletrônico”
A história de João e Johnny, dois produtores com a mesma estrutura, ilustra o impacto da gestão. Enquanto João tratava a fazenda como um caixa eletrônico pessoal (tirando dinheiro para viagens, faculdade, caminhonete nova e iFood), Johnny definiu um pró-labore justo e reinvestiu o lucro. O resultado foi um aumento de 726% na margem líquida para o gestor responsável.
As quatro verdades da gestão que separam o fracasso do sucesso são:
- Teto de retirada: negócio de sucesso tem teto de retirada.
- Lucro x pró-labore: o lucro é o resultado final da operação, enquanto o pró-labore é a remuneração do gestor.
- Reinvestimento: só cresce quem reinveste o lucro na atividade.
- Gestão é realidade: luxo sem gestão é ilusão que custa caro.
A conclusão é que o gestor deve ter disciplina para registrar, método para classificar e coragem para encarar a realidade. Assumir o controle é o primeiro passo para liderar a fazenda de verdade.
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