
A produção de etanol de milho no Brasil vem crescendo a passos largos, puxando junto um mercado estratégico para a pecuária: o DDG do milho, subproduto proteico usado na alimentação de bovinos em sistemas intensivos. Assista ao vídeo e confira.
A alta demanda por esse insumo tem refletido diretamente no avanço da cadeia produtiva, com impacto positivo no confinamento, na recria e na engorda dos rebanhos.
Durante o quadro “Giro do Boi Responde” desta terça-feira (25), o engenheiro agrônomo André Figueiredo, mestre em Genética e Melhoramento de Plantas, esclareceu as principais dúvidas dos pecuaristas sobre o cenário atual e as perspectivas do etanol no Brasil, ligadas diretamente à valorização do DDG.
Etanol de milho: crescimento exponencial no Brasil
O Brasil produziu cerca de 85 milhões de litros de etanol de milho em 2015. Em menos de uma década, esse número saltou para 6 bilhões de litros na safra passada. E a previsão para 2024/2025 já indica 8 bilhões de litros. Para 2032, a expectativa é ainda maior: até 15 bilhões de litros.
“O etanol de milho hoje é uma realidade e ele demanda muito. Isso impulsiona também o crescimento da área plantada no Brasil”, destaca André Figueiredo.
O papel do DDG do milho no avanço da pecuária
Além do etanol, o processamento de uma tonelada de milho gera cerca de 390 quilos de DDG — um alimento de alta proteína (entre 30% e 50%), cada vez mais valorizado na nutrição animal, especialmente em:
- Projetos de confinamento
- Recria intensiva
- Engorda a pasto com suplementação
“O DDG é um subproduto estratégico, que agrega valor e eficiência à alimentação dos rebanhos”, afirma Figueiredo.
Produção integrada: aproveitamento total do grão
Para cada tonelada de milho utilizada na indústria:
- Produz-se entre 400 e 430 litros de etanol;
- Gera-se quase 390 kg de DDG, com alto valor nutricional.
Essa integração otimiza o uso do milho e torna a cadeia mais eficiente e sustentável, beneficiando tanto a indústria de bioenergia quanto o setor pecuário.
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O Brasil ainda tem grande potencial de expansão
Nos Estados Unidos, 40% da safra de milho é direcionada à produção de etanol. Já no Brasil, esse índice está em torno de 20%, o que indica amplo espaço para crescimento.
Atualmente, o país conta com cerca de 22 usinas em funcionamento. Mas há pelo menos 20 novas usinas em construção ou em fase de projeto. Isso reforça o protagonismo do Brasil no cenário de biocombustíveis — e o papel decisivo que o DDG terá nesse contexto.
Conclusão: oportunidade para pecuaristas e produtores de milho
O avanço do etanol de milho está diretamente ligado à valorização do DDG, que já se consolida como um insumo essencial na pecuária intensiva.
Com sua alta concentração proteica e custo competitivo, o DDG é uma oportunidade para tornar a alimentação do rebanho mais eficiente e sustentável.
A tendência é que, com o aumento da produção nacional, esse subproduto esteja cada vez mais acessível e amplie sua presença em fazendas de todo o Brasil.
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