A centésima edição ininterrupta do Índice de Custos de Bovinos Confinados (ICBC), da Universidade de São Paulo (USP), revelou uma disparidade regional no custo da diária do boi confinado no último mês. Enquanto o custo nos confinamentos paulistas registrou uma queda de 5,3%, em Goiás houve um aumento de 2,8%.
Em entrevista ao Giro do Boi, Gustavo Sartorello, zootecnista e idealizador do ICBC, a queda em São Paulo foi impulsionada pela eficiência na conversão de arroba mais barata, refletindo a diminuição nos custos nutricionais.
Já em Goiás, a alta reflete uma maior pressão nos insumos e na reposição. Apesar da diferença nos custos, a valorização da arroba em ambos os estados, superior a 1%, abriu uma nova margem de lucro para o confinador.
Confira a entrevista completa:
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O que motivou a diferença regional nos custos
A redução do custo da diária em São Paulo foi puxada pela queda nos preços de insumos estratégicos na dieta do boi confinado:
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Em contrapartida, os confinamentos em Goiás sentiram a pressão de alta nos mesmos insumos: o sorgo subiu mais de 10% e o milho subiu 3% no monitoramento. Essa mão inversa nos preços do Sorgo e do Milho foi a responsável por apertar a margem do confinador goiano.
Margem e importância da gestão no confinamento
Historicamente, o ICBC mostra que o milho e o boi magro são os principais motores do custo do confinamento. Na edição nº 100, os dados apontaram que, com a valorização da arroba, a margem de lucro ficou entre R$ 50 e R$ 60 por arroba produzida nos dois estados.
O Dr. Sartorello enfatiza que, embora as oportunidades de margem existam, a lição mais importante para o confinador é a gestão. Aqueles que monitoram seus custos e fazem uma gestão eficiente são os que conseguem aproveitar as oportunidades do mercado. Quem não conhece seus custos, não sabe o quanto gasta e nem o quanto ganha.
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