O carrapato é um dos parasitas que mais causam prejuízos econômicos na pecuária brasileira, comprometendo o desempenho do gado de corte e de leite. O problema é tão grave que uma infestação pode levar à perda de até 40 kg de ganho de peso em menos de um mês.
Preocupada com essa situação, a Champion Saúde Animal, uma empresa brasileira, tem rodado o Rio Grande do Sul (RS) com o projeto Comitiva Técnica do Controle do Carrapato (COTEC), oferecendo circuitos técnicos e palestras orientativas para ajudar os produtores rurais.
Em entrevista ao Giro do Boi, o médico veterinário Pedro Vaz, diretor técnico da Champion, explica que a capacidade do parasita de evoluir e criar resistência aos princípios ativos existentes no mercado é assustadora, o que exige um trabalho de conscientização e soluções inovadoras no campo.
Segundo ele, os produtores rurais gaúchos têm dado uma boa adesão ao projeto, reconhecendo a importância do tema.
Confira a entrevista completa:
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Solução no ambiente e garantia de resultado
O projeto COTEC propõe uma solução inovadora que foca no ambiente, e não apenas no tratamento tópico do animal. A proposta é reduzir em 50% as intervenções (banhos) que o produtor faz hoje na propriedade, durante um período de 180 dias.
A Champion oferece uma garantia ousada: se o produtor não tiver essa redução nos banhos ao final do protocolo, a empresa devolve o valor investido no tratamento.
A solução da Champion é o produto Difly S3, que é um pó misturado à suplementação. O animal ingere o produto, tornando-se um filtro de larva. As larvas do carrapato que sugam o sangue do animal morrem ao encontrar o Difly S3 na corrente sanguínea. Gradativamente, a intensidade de carrapatos presentes no ambiente da fazenda diminui.
Manejo de pastagem e o ciclo do carrapato
O diretor técnico reforça que o tratamento no ambiente deve ser combinado com um bom manejo de pastagem. O ciclo do carrapato no pasto é de cerca de 20 e poucos dias.
Por isso, a adoção do pastejo rotacionado é fundamental, permitindo que o produtor só retorne com o animal a um determinado piquete após 30 dias. Essa prática ajuda a quebrar o ciclo do parasita e, ao mesmo tempo, garante um pasto de melhor qualidade para o gado.
O recado final é de otimismo: a pecuária não perdeu a guerra para o carrapato, e a tecnologia e o treinamento estão disponíveis para auxiliar o produtor.
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