Conheça a história de quase meio século da Fazenda São Domingos, de Chupinguaia-RO

Fazenda produz 18 arrobas por hectare e taxa de desfrute chega às 20 mil cabeças ao ano, mas projeto é aumentar para 30 mil em até dez anos com expansão do confinamento

Nesta segunda, 14, o Giro do Boi destacou a história de quase 50 anos de umas das propriedades que servem de exemplo para a relevância do estado de Rondônia no cenário nacional da pecuária. Trata-se da Fazenda São Domingos, localizada em Chupinguaia, distante cerca de 530 km da capital Porto Velho.

A fazenda foi formada pelo engenheiro agrônomo esalqueano Maércio Sartor e seus irmãos no início da década de 1970, atraído pelo então programa federal “Integrar para não entregar”, que visava a expansão das fronteiras agrícolas brasileiras como forma de consolidar o território nacional.

Quem relembrou a história foi o filho de Maércio, Dudu Sartor, que contou ao apresentador Mauro Sérgio Ortega os momentos marcantes e o desafio de aumentar cada vez mais a produtividade da fazenda. Atualmente, a produtividade da São Domingos é de 18 arrobas por hectare ao ano, em média. O índice foi viabilizado após a adoção do sistema de integração com lavoura, implementado há uma década. “Meu pai sempre diz que a lavoura é um subproduto da pecuária porque através da lavoura a gente corrige o solo e também tem o pasto de inverno, que é uma uma das coisas mais importantes na integração, no nosso caso a ruziziensis, plantada junto com milho”, detalhou.

Com a integração, veio o confinamento, que já é responsável pela terminação de quase um terço das 20 mil cabeças abatidas anualmente pela propriedade. A meta é chegar ao desfrute de 30 mil cabeças ao ano a partir de uma expansão da capacidade de engorda em cocho. Um dos desafios para o aumento está no alto índice pluviométrico concentrado entre os meses de dezembro e janeiro, que dificulta o manejo do gado confinamento em meio à lama formada pelas águas.

A alternativa, neste caso, é o piquetão, ou semiconfinamento, do qual a fazenda também lança mão para intensificar a fase de engorda dos animais, que são 100% advindos de reposição. “A gente acaba comprando bezerros de 6,5@ e, em 12 meses, transformando em boi de 21@ pronto para abate”, especificou Dudu Sartor.

Veja a entrevista completa clicando no vídeo abaixo: