
Quando o assunto é confinamento nos Estados Unidos, uma dúvida frequente dos pecuaristas brasileiros é sobre o que vai no cocho do gado americano. E a resposta, segundo o zootecnista e especialista em engorda intensiva Rogério Coan, é clara: milho em diversas formas. Assista ao vídeo e confira.
No quadro “Giro do Boi Responde”, exibido nesta quinta-feira (12), Coan explicou que o sistema de confinamento americano utiliza majoritariamente milho e seus coprodutos, como DDG, WDG e DDGS, além de milho floculado, milho reidratado, grãos úmidos e silagem de milho.
Em alguns casos, também entram na mistura silagem de sorgo, feno e outras fontes de fibra, mas o milho é a base da nutrição.
Alimentação rica em energia e foco em ganho de peso
De acordo com o especialista, o modelo de confinamento nos Estados Unidos está focado em maximizar o ganho de peso e o rendimento de carcaça.
Por isso, a dieta rica em milho é estratégica: oferece alto teor energético e contribui para o engorde mais eficiente, sustentado por tecnologias nutricionais e de manejo.
Esse sistema robusto começou ainda em 1876 e evoluiu junto com a indústria agrícola dos Estados Unidos.
Hoje, além dos alimentos energéticos, os americanos também utilizam implantes hormonais e betagonistas de crescimento para acelerar a performance dos animais.
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Por que o gado fica mais tempo confinado?
Enquanto no Brasil a média de permanência no cocho gira em torno de 110 dias, nos Estados Unidos os animais chegam a ficar até 180 dias em confinamento.
O motivo? Os animais são abatidos muito mais pesados, com mais de 700 kg em diversas situações.
“Esse tempo prolongado é necessário para que os animais cheguem ao ponto ótimo de abate, com carcaças bem acabadas e excelente padrão de rendimento”, afirmou Coan.
A tecnologia usada, aliada à nutrição rica em milho, permite que os americanos atinjam esse objetivo com eficiência.
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Brasil x EUA: realidades distintas, lições valiosas
O consultor lembra que, apesar das diferenças, o Brasil pode aprender com alguns aspectos do sistema norte-americano, principalmente em planejamento nutricional e uso estratégico do milho, um ingrediente também amplamente disponível no país.
“Cada país tem sua realidade, mas entender como funciona o sistema de fora ajuda o produtor brasileiro a tomar melhores decisões dentro da sua propriedade”, pontuou o especialista.
Conclusão
A nutrição à base de milho, aliada a estratégias de ganho de peso intensivo, define o confinamento nos Estados Unidos.
E mesmo com diferenças no tempo de cocho e nas tecnologias aplicadas, o exemplo americano mostra como o planejamento alimentar impacta diretamente nos resultados da engorda.
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