Confinamento em alta: 70% dos pecuaristas de MT já decidiram que vão confinar em 2025

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Primeiro levantamento do Imea mostra otimismo entre confinadores e projeção de crescimento entre os grandes players do setor

O Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) divulgou o primeiro levantamento das intenções de confinamento em Mato Grosso em 2025, com participação de 115 pecuaristas. O destaque da pesquisa é que 70% dos entrevistados já estão decididos a confinar seus animais neste ano. Outros 24% não pretendem confinar e 6% ainda estavam indecisos no momento da coleta dos dados, concluída em abril.

Essa primeira sondagem reforça que, mesmo diante de altos custos de produção, muitos produtores seguem apostando na engorda intensiva no cocho. O confinamento garante previsibilidade, padronização da carcaça e ganho acelerado de peso, o que justifica sua adoção por boa parte dos pecuaristas, especialmente os que atuam de forma mais profissionalizada.

Médios reduzem, grandes e pequenos avançam

A pesquisa aponta para uma retração entre os confinadores de médio porte, com capacidade entre mil e três mil cabeças. Em contrapartida, os grandes confinadores – com estruturas acima de cinco mil animais – devem confinar 29% mais gado do que no ano passado. Os pequenos produtores também demonstraram intenção de aumento, mantendo a base do sistema intensivo.

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O movimento mostra uma polarização no setor, com os extremos da escala produtiva ganhando espaço. O Imea avalia que a estrutura maior permite absorver melhor os custos com insumos, como milho e suplementos, enquanto os pequenos operam com mais flexibilidade e estratégias adaptadas à sua realidade.

Confinamento pode bater novo recorde em MT

Além da pesquisa do Imea, dados do censo de confinamento da multinacional DSM apontam que Mato Grosso confinou 1,7 milhão de cabeças em 2024. Para 2025, o número pode chegar a 2 milhões de bovinos terminados no cocho, segundo a empresa. Se confirmado, esse volume representará um novo recorde histórico para o estado.

Com isso, o Mato Grosso se consolida como um dos grandes motores da pecuária intensiva no Brasil, impulsionado pela demanda internacional, eficiência produtiva e investimentos crescentes em nutrição e manejo. O confinamento segue como estratégia cada vez mais relevante diante de mercados exigentes e margens apertadas.

Expectativa de abates e impacto no mercado

A maior parte dos abates está prevista para o segundo trimestre do ano, o que deve movimentar o mercado da arroba entre maio e julho. Mesmo com o milho pressionando os custos, a valorização do boi gordo traz expectativa positiva para o ciclo de confinamento em 2025.

A mensagem para o produtor é clara: quem se planejar bem, tiver gestão afinada e fizer uso das tecnologias certas, vai manter a rentabilidade mesmo em um cenário desafiador. A decisão de confinar segue sendo estratégica para acelerar ganhos, especialmente em propriedades com foco na produção de proteína de qualidade.

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