
Pecuaristas, o segredo para o sucesso no confinamento não está apenas em uma boa dieta, mas em como ela é produzida e entregue aos animais. A diferença entre o lucro simulado em uma planilha e o resultado real pode estar na falta de eficiência operacional. Um confinamento automatizado é a chave para resolver esse problema e garantir uma arroba mais barata e maiores lucros. Assista ao vídeo abaixo e confira.
Nesta quarta-feira, 20 de agosto, o zootecnista Mauricio Scoton, professor da Uniube, apresentou no quadro “Dicas do Scoton” do Giro do Boi um caso de sucesso que ilustra a importância da tecnologia para ganhar eficiência.
Ele mostrou como um sistema de automação revolucionou a gestão de um confinamento.
O abismo entre a teoria e a prática

Um dos grandes desafios no confinamento é a diferença entre a dieta formulada pelo nutricionista e o que realmente chega ao cocho. Essa falha operacional pode comprometer todo o resultado da engorda.
Em uma simulação de resultados, o lucro esperado era de R$ 776 por animal, mas o produtor não conseguia ver esse dinheiro no final da operação.
Mauricio Scoton explica que a origem do problema era um “abismo operacional” na mistura e distribuição da dieta. Antes da automação, a fazenda cometia erros graves:
- Erros nos ingredientes mais caros: A inclusão de DDG e sorgo, os ingredientes mais caros, tinha erros na casa de 40%, o que elevava o custo da arroba.
- Excesso de volumoso: A adição de mais bagaço do que o recomendado, uma fibra de menor qualidade, reduzia o consumo dos animais.
- Falta de pré-mistura: A pré-mistura, que contém núcleos e ionóforos, era adicionada em 20% a menos, causando instabilidade na curva de consumo e impactando o desempenho.
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A automação como solução

A instalação de um sistema de automação resolveu esses problemas. O software, que se conecta à balança do vagão, monitora com precisão a mistura e a distribuição da dieta, garantindo a consistência e a eficiência.
Após a automação, os resultados foram impressionantes:
- Redução drástica dos erros: O erro na inclusão do DDG e sorgo caiu de 40% para 0,6%. O erro no bagaço foi de 44% para 0,9%. E na pré-mistura, o erro foi para 0,34%.
- Precisão no fornecimento: A automação corrigiu os desvios no fornecimento do trato, que antes eram enormes (50 kg de matéria seca a mais por dia), e garantiu que a dieta formulada no computador fosse a mesma entregue no cocho.
Mauricio Scoton enfatiza que a culpa não é do tratador, mas da falta de precisão que um sistema de automação oferece. A tecnologia empodera a equipe, elevando o nível de excelência no trato e garantindo que o confinamento seja, de fato, uma operação lucrativa e precisa.