TECNOLOGIA NO CAMPO

Como o uso de drones está transformando o manejo de pastagem no Brasil

Tecnologia permite medir a altura do capim, calcular a massa forrageira e ajustar a lotação animal com precisão

Como o uso de drones está transformando o manejo de pastagem no Brasil (Foto: Pixabay).
Como o uso de drones está transformando o manejo de pastagem no Brasil (Foto: Pixabay).

O antigo ditado “O olho do dono é o que engorda o boi” está sendo substituído pela nova era do “olho do drone”.

O uso de drones com algoritmos avançados está revolucionando o manejo de pastagem no Brasil, transformando a produção de carne a pasto em um sistema de alta precisão. Essa tecnologia permite monitorar cada detalhe do pasto para uma tomada de decisão rápida e assertiva.

Em entrevista ao Giro do Boi, o professor Leandro Martins Barbero, professor da Universidade Federal de Uberlândia (UFU) e pesquisador que ajudou a desenvolver a tecnologia, explica que o objetivo foi “simplificar, facilitar isso para o produtor e fazer isso de forma muito precisa”.

A ferramenta transforma a imagem de um drone em uma informação técnica essencial para o campo: biomassa e altura do capim. Essa informação norteará todo o manejo do pastejo para os próximos 30 dias na fazenda, eliminando o “olho” e o “achismo” que levam à degradação.

Confira a entrevista completa:

O poder dos algoritmos e a superação das dores do pecuarista

O manejo de pastagem sempre foi um gargalo na pecuária, resultando em pastos mal colhidos. O algoritmo desenvolvido para o uso de drones soluciona as grandes dores do pecuarista com precisão, trazendo automação e padronização.

  • Capacidade de suporte: a ferramenta calcula exatamente quanto de comida há no pasto para ajustar a taxa de lotação. “A capacidade de suporte mostra quando está sobrando e quando está faltando para tomar essa decisão,” explica o professor Barbero.
  • Momento exato de pastejo: o pecuarista não precisa operar software. A equipe envia informações mastigadas por WhatsApp: qual o dia exato de entrar e retirar o gado de cada piquete.
  • Agilidade na gestão: a leitura da fazenda inteira, que demoraria no mínimo quatro dias para um técnico treinado, é feita em “uma manhã” pelo drone.

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Tecnologia acessível e a rotina de gestão

A tecnologia é altamente acessível. O plano de voo é fixo para que o sistema possa ler o mesmo ponto e mostrar a evolução do pasto no tempo. A periodicidade de voo mais comum é de 30 dias, e “qualquer drone funciona nessa operação”, segundo o professor, incluindo modelos de baixo custo (R$ 2.000 a R$ 2.500).

Ao final do monitoramento, o pecuarista recebe o relatório com as recomendações de troca de pasto, ajuste de lotação e, se necessário, indicação de adubação e suplementação. “O nosso objetivo é descomplicar a vida do produtor”, resume Leandro Barbero. A ideia é tirar a dor do pastejo e aumentar a produtividade.

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