Foi ao ar no Giro do Boi desta segunda-feira, 9, um bate-papo muito antenado sobre as mudanças na transmissão de dados com a entrada do sinal 5G, a mais nova geração tecnológica de sinal de telefonia móvel no País e que revolucionará muito o campo daqui para frente.
Por ainda ser uma coisa, a tecnologia deixa muitas dúvidas no ar, especialmente na cabeça de muitos produtores pelo País. Para sanar algumas delas, a equipe de reportagem do Giro do Boi conversou com o engenheiro agrônomo Moisés Moreira, membro do Conselho Diretor da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) e presidente do Grupo de Acompanhamento da Implantação das Soluções para os Problemas de Interferência na faixa de 3.625 a 3.700 MHz (Gaispi), que é o responsável por toda a implantação da tecnologia no País.
“No final do ano passado, a Anatel fez um leilão para cinco faixas de frequências e agora nós estamos numa fase de execução do processo de mudança de faixa”, diz Moreira.
O serviço de transmissão de dados a partir do 5G promete melhorar a qualidade de som e imagem da recepção dos sinais de tevê, além de melhorar a velocidade da internet. “Em comparação às tecnologias anteriores, como o 3G e o 4G, o 5G traz mais consistência na conexão, mais velocidade e baixa latência”, diz Moreira.
O trabalho será de fato hercúleo pelas dimensões do Brasil, pois a tecnologia exigirá que sejam instaladas até 20 vezes mais do número de antenas existentes em todo o Brasil. Até o País atingir esse patamar de instalações, o compromisso durante a implantação do 5G é justamente levar conectividade onde sequer existia qualquer sinal de celular.
“Quase 36 mil quilômetros de rodovias federais terão de receber sinais de 4G, ao longo dos próximos anos. Isso vai promover conectividade, garantindo sinal às áreas rurais”, diz Moreira.
Confira no vídeo abaixo a entrevista na íntegra: