
A Associação Novilho Precoce, de Mato Grosso do Sul, está se preparando para replicar seu modelo de sucesso em outros estados a partir de 2026, adotando um formato que o presidente Rafael Gratão chama de “franquia” do associativismo.
O objetivo é permitir que produtores de outras regiões iniciem suas operações em um estágio mais maduro, pronto e eficiente, pulando as etapas de erro e acerto.
A força da união dos produtores é comprovada pelos números. A associação e a cooperativa NovilhoCoop já movimentaram R$ 23 milhões neste ano por meio de grupos de compra coletiva, o que garante a redução de custos e fortalece o planejamento dos produtores rurais. Gratão afirma que a iniciativa é um modelo sólido de união que “transforma desafios individuais em resultados coletivos”.
A iniciativa já começou a ser replicada. O Tocantins foi o primeiro estado a adotar o modelo, e a Associação recebeu visitas de produtores do Rio Grande do Sul e de Goiás, interessados na bonificação por produção sustentável e na busca por mercados diferenciados de consumo.
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Eficiência no abate e redução da idade média
O sucesso do modelo é evidente nos dados de produção:
- Abate mensal: a média mensal de abate evoluiu de 17.797 animais em 2024 para uma projeção de 19.014 cabeças por mês em 2025. O total anual projetado é de 228.175 cabeças.
- Adesão: o número de associados ativos aumentou em cerca de 30% em 2025, reforçando a consolidação do associativismo.
O secretário da Semadesc de MS, Jaime Verruck, destacou o sucesso da pecuária sul-mato-grossense, que se tornou um modelo sustentável. Nos últimos dez anos, o estado destinou 5 milhões de hectares de pastagens para o eucalipto, soja e outras culturas, mas manteve o rebanho e reduziu a idade média de abate em mais de 17 meses.
O superintendente do Senar/MS, Lucas Galvan, reforça que o trabalho da Novilho Precoce incorpora inovação, posiciona a pecuária do MS nos mercados mundiais e faz da atividade uma “vanguarda” que traz resultados para toda a sociedade.
Franquia de associativismo: o legado de 27 anos
O superintendente da Novilho Precoce, Alexandre Guimarães, esclarece que a “franquia” não é um negócio comercial, mas uma ferramenta de expansão do cooperativismo e do associativismo. É a forma estruturada de levar a outros estados “aquilo que aprendemos, acertamos, erramos e aprimoramos em quase três décadas” de trabalho em Mato Grosso do Sul.
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