Na última sexta, dia 5, o Hospital de Amor, conhecido anteriormente como Hospital do Câncer de Barretos, ganhou um reforço no combate à leucemia infantil com a inauguração do Centro de Transplante de Medula Óssea Pediátrico, estrutura vai atender até 70 pacientes por ano que dependem do procedimento para a cura da doença. No Brasil são diagnosticados cerca de 15 mil novos casos de câncer infantil por ano, sendo que, destes, 30%, ou aproximadamente 4,5 mil, são leucemia.
Entre os objetivos do hospital está diminuir a fila de espera pelo transplante, o que agrava a situação por conta da agressividade da leucemia. Para isso, a equipe de médicos desenvolveu um tratamento envolvendo o pais das crianças para tornar mais fácil encontrar o doador adequado, mas pela falta de leitos especializados para o tratamento, a espera ainda era muito demorada, chegando a até dez meses.
“A gente não tem tempo porque esta doença mata a criança muito rápido, não dá tempo de procurar doador. Então além de (diminuir a) carência de leitos para o transplante, nós desenvolvemos um tipo de tratamento que a gente envolve o pai e a mãe, porque aí a gente não precisa esperar encontrar este doador”, contou o diretor-médico do Hospital de Amor Infantojuvenil, Luiz Fernando Lopes.
Mesmo recém-inaugurado, o centro já é uma referência no tratamento da leucemia infantil em todo o mundo. “Ele é igual ao melhor que existe no mundo, que é o St. Judes Children’s Hospital, em Memphis, Tennessee (EUA). Ele é menor, mas a qualidade de todos os equipamentos e estrutura é exatamente a mesma”, assegurou o diretor voluntário do Hospital de Amor, Rubikinho Carvalho.
“E mais uma vez nós temos que agradecer ao agro por ter proporcionado este presente ao Brasil, à toda a população brasileira e às crianças que necessitam. Foi uma doação da família Scalli, que é um senhor de Olímpia (SP) e do Cutrale, que também é um agricultor produtor de laranja”, reconheceu Rubikinho. “Então você vê o que o agro faz pelo Brasil, além de alimentar, está salvando vidas a cada dia mais. Isto é humanização”, acrescentou.
“As gerações que vêm aí tem que saber que muitos gigantes do agro ajudaram”, atestou o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta. “Nós temos ilhas de excelência. Esta é uma delas. […] O desafio deste país é levar este padrão e pegar os que estão mais frágeis pela mão, levantá-los, colocá-los todos em um nível, senão igual, mas pelo menos sem tanta distância”, disse Mandetta em entrevista ao Giro do Boi.
Entre as indústrias do agronegócio que integram a campanha O Agro Contra o Câncer, a Friboi engajou, em 2018, cerca de 700 pecuaristas e o abate de 500 mil cabeças, sendo que a doação é de R$ 1,00 por animal abatido. “Para o primeiro ano está bom, mas nós queremos muito mais porque isto aqui merece o nosso engajamento e a nossa solidariedade”, estimulou Eduardo Pedroso, diretor de originação da companhia.
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