O rendimento de carcaça do boi brasileiro tem apresentado aumentos significativos nos últimos anos, um fenômeno que chama a atenção de produtores e especialistas. Fábio Dias, diretor de Pecuária da Friboi e líder de Agricultura Regenerativa da JBS Brasil, destaca os principais fatores que explicam essa tendência ascendente. Assista ao vídeo abaixo e confira a explicação.
A chave para esse sucesso está no uso aprimorado da genética, aliado a práticas nutricionais de alto nível que exploram todo o potencial dos animais de corte.
O conceito de rendimento de carcaça refere-se à relação entre o peso da carcaça e o peso vivo do animal. Elementos não carcaça, como couro, vísceras e cabeça, não aumentam proporcionalmente quando o gado ganha peso.
Portanto, ao elevar o peso vivo de um animal de 450 kg para, por exemplo, 650 kg, o ganho é em grande parte na carcaça, resultando em rendimentos superiores.
O papel crucial da genética e nutrição
Produtores que otimizam o rendimento estão investindo em genética superior, cruzando raças como Nelore de alto nível com Angus americanos, conhecidas por seu grande potencial de carcaça.
Esses cruzamentos são estratégias para alcançar animais de 25 arrobas ou mais, comparáveis aos padrões elevados de países como os Estados Unidos, onde a carcaça média atinge 400 kg.
Esse aumento é ainda mais viável quando há suporte de uma nutrição direcionada. Fornecer a alimentação correta é essencial para que o animal alcance seu potencial genético pleno. O uso de tecnologias nutricionais modernas garante que cada quilograma adicional no ganho de peso se traduza efetivamente em massa de carcaça, otimizando o rendimento.
Impacto econômico e conclusões
O aumento do rendimento de carcaça representa uma vantagem econômica significativa para os pecuaristas. Quanto mais o potencial genético do rebanho é explorado, maior é o retorno financeiro obtido por animal.
O foco em maximizar esse rendimento não só aprimora a qualidade da produção bovina nacional, mas também alinha o Brasil aos padrões internacionais de excelência em carne.
Fábio Dias acredita que essas estratégias são fundamentais para o desenvolvimento contínuo da pecuária brasileira. Ao manter um olhar atento nos avanços genéticos e práticas de manejo de alto desempenho, o Brasil pode continuar a elevar a barra em rendimento de carcaça, beneficiando-se de um mercado cada vez mais globalizado e competitivo.
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