
Uma vitória para o campo foi conquistada em Mato Grosso: a Assembleia Legislativa aprovou o projeto de lei que revoga a taxa de irrigação no estado.
A cobrança, considerada injusta pelo setor produtivo, poderia ultrapassar R$ 60 por hectare em algumas regiões. Agora, a proposta aguarda sanção do governador Mauro Mendes, que já indicou apoio à revogação.
A medida era vista como um entrave para os investimentos em tecnologias de irrigação, especialmente em um período de seca prolongada.
Em tempos de mudanças climáticas e necessidade de maior eficiência no uso da água, a taxa contrariava os esforços por uma agricultura mais sustentável.
Pressão do setor produtivo foi essencial
A Famato (Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso) teve papel decisivo no processo. A entidade mobilizou produtores, técnicos e lideranças políticas para demonstrar, com dados concretos, o impacto negativo da cobrança.
Entre os principais argumentos levados à Assembleia estavam:
- A injustiça da taxa, que penalizava quem investe em tecnologias sustentáveis
- O aumento do custo de produção em plena seca
- A ameaça ao crescimento da área irrigada, fundamental para estabilidade na produção
- O desestímulo à inovação e uso eficiente da água
Segundo a Famato, a irrigação é uma ferramenta essencial para garantir produtividade, segurança alimentar e adaptação às variações climáticas que já impactam o agronegócio.
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MT mira 4 milhões de hectares irrigados até 2030
Hoje, Mato Grosso possui 220 mil hectares irrigados, mas a meta do estado é ousada: chegar a 4 milhões de hectares até 2030. O avanço da irrigação é estratégico não só para o setor agrícola, mas também para manter a pecuária com pastagens de qualidade o ano todo, evitando perdas em épocas secas.
Maior produtor de grãos e com o maior rebanho bovino do país, Mato Grosso precisa de políticas que estimulem – e não punam – o uso consciente da água. O fim da taxa representa alívio financeiro e segurança jurídica para o produtor investir em tecnologias como pivôs, gotejamento e manejo inteligente da irrigação.
Alívio para quem produz com responsabilidade
A revogação da taxa é vista como um reconhecimento da importância do produtor que investe para produzir mais com menos água. Nos sistemas irrigados bem manejados, é possível dobrar a produtividade e ainda preservar os recursos naturais.
Agora, o setor aguarda a sanção do governador para consolidar esse avanço. Caso o veto se confirme, será um passo importante rumo a um ambiente mais favorável ao investimento, à inovação tecnológica no campo e à resiliência da agropecuária frente aos extremos climáticos.
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