Se você acha que só gado Nelore dá retorno, segura essa: novilhas Hereford e bois meio-sangue Braford garantiram um dos maiores bônus do Brasil no abate! Tudo isso graças a um manejo técnico no capricho e olho vivo em genética de qualidade. Assista ao vídeo abaixo e veja como esses dois lotes se destacaram com carne digna de restaurante cinco estrelas!
A história foi destaque no Giro pelo Brasil desta quarta-feira, 23 de abril, quadro tradicional do programa Giro do Boi.
A atração traz diariamente os melhores exemplos de qualidade e desempenho no abate de bovinos em todo o País — e nesta edição, São Paulo mostrou que entende mesmo de carne boa!
Fazenda Maravilha brilha com novilhada jovem Hereford
O primeiro caso de sucesso vem do pecuarista Adam Perrone Sammour, da Fazenda Maravilha, em Colina (SP).
O produtor mandou para o abate 220 novilhas Hereford, todas confinadas e com altíssimo padrão. A maioria das fêmeas tinha entre zero e quatro dentes, mostrando a juventude dos animais.
O peso médio por carcaça ficou em 15,4 arrobas (230 quilos). O lote foi classificado no Protocolo 1953, o que garantiu um bônus diferenciado.
Fazenda Santa Cândida e o gado Braford nota 10!
O segundo exemplo veio da Fazenda Santa Cândida, localizada em Getulina (SP), que levou para o abate uma boiada de cruzamento industrial, com base genética Braford.
Os machos foram castrados aos 30 dias de vida, o que é considerado ideal para garantir maciez e qualidade da carne.
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Após a desmama, os bezerros passaram por adaptação no sequestro e foram terminados no cocho. O resultado? Peso médio de 21 arrobas (315 quilos) e 100% dos animais gabaritando no Protocolo 1953.
Abates na Friboi de Lins
Esses dois lotes de respeito foram apresentados por Diego Feltrin, engenheiro agrônomo e originador da unidade da Friboi de Lins (SP).
Segundo ele, os dois pecuaristas mostraram que quem investe em manejo técnico e genética de ponta não deixa dinheiro na mesa, principalmente quando o foco é carne premium.
O bônus recebido é um dos maiores do País e mostra o quanto vale a pena seguir as exigências dos protocolos de qualidade.
O que é o Protocolo 1953?
O Protocolo 1953 garante um dos maiores bônus aos pecuaristas do País. Lançado em 2018, ele premia produtores que entregam carne macia, saborosa e suculenta, com animais de pelo menos 50% de sangue de raças taurinas, como Angus, Hereford, Charolês, Canchim, entre outras.
Além disso, os machos devem ser castrados e ter até dois dentes; as fêmeas podem ter no máximo quatro dentes.
Outro ponto essencial é o acabamento de gordura, que precisa ser bem feito para garantir a certificação. Não é só genética — é nutrição, manejo e planejamento. Resultado? Carne de alto valor agregado e bônus na certa.
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