O pecuarista Carlos Henrique, da Fazenda Buritis, em Barra do Bugres (MT), levantou uma dúvida prática ao especialista em cruzamento industrial, o zootecnista Alexandre Zadra, no quadro “Giro do Boi Responde” desta segunda-feira, 28 de outubro. O criador, que produz novilhas meio-sangue Nelore x Senepol, aplicou o Protocolo 1953 em seu rebanho, mas foi orientado a esperar antes do abate. A estratégia? Permitir que as novilhas jovens criassem um bezerro antes de enviá-las para o frigorífico, proporcionando um retorno maior e respeitando o potencial genético das fêmeas. Assista ao vídeo abaixo e confira as recomendações.
Protocolo 1953 e o cruzamento ideal
Zadra, referência em genética bovina, sugeriu um cruzamento com raças que possam trazer peso e adaptabilidade ao bezerro tricross.
A ideia é aliar a rusticidade do Nelore e a precocidade do Senepol com um touro europeu de alta performance para criar um animal com bom rendimento e adaptado ao clima brasileiro. Esse cruzamento, além de maximizar o ganho em carne, aproveita o diferencial genético das matrizes, potencializando o resultado no abate final.
Mais genética, menos risco
O especialista destaca que, em tempos de ciclos pecuários desafiadores, investir em genética é a chave para enfrentar as oscilações de mercado.
“Os pecuaristas com foco em genética conseguem resultados superiores e mais consistentes, diferenciando-se no momento de venda”, afirma Zadra.
No caso de Carlos Henrique, ao cruzar as novilhas F1 com touros europeus, ele consegue um bezerro extra sem comprometer o peso e a idade ideais para o abate, seguindo o Protocolo 1953 e garantindo um retorno mais robusto.
Impacto no rebanho e longevidade no sistema
Zadra reforça que cruzamentos bem planejados melhoram a produtividade e a longevidade das matrizes. Essa abordagem valoriza o investimento inicial e permite ao criador obter bezerros com genética aprimorada, prontos para o mercado e com alto valor agregado.
Esse planejamento, que considera as necessidades do rebanho e os desafios do mercado, permite uma produção mais rentável e resistente, essencial para o contínuo sucesso no agronegócio.
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