Pecuaristas, o custo com a dieta de confinamento representa a maior parte dos gastos na engorda. Para garantir uma dieta boa e barata, é preciso uma logística de compra de insumos de alta precisão. A JBS, que engorda mais de 200 mil bois por ano em seus boitéis, tem uma equipe dedicada a essa tarefa complexa. Assista ao vídeo e confira.
Nesta reportagem, o Giro do Boi entrevistou Rodrigo Guimarães, executivo da mesa de compra de insumos dos boitéis JBS.
Ele explicou como o planejamento de aquisição, a logística e a busca por coprodutos regionais são estratégias que se refletem na construção de margem para o pecuarista cliente da engorda terceirizada.
Logística e planejamento para reduzir custos
A gestão de insumos é um dos pilares da “cozinha do boi”. Rodrigo Guimarães ressalta que, com 70% do custo da engorda vindo da dieta, é fundamental ser assertivo na compra.
A equipe da JBS atua com um planejamento de médio e longo prazo, aproveitando as janelas de oportunidade do mercado.
- Antecipação: A equipe antecipa os movimentos do mercado, como a entrada da safrinha, quando o preço do milho é pressionado pela maior disponibilidade.
- Regionalidade: Cada confinamento tem sua particularidade regional. A equipe busca os melhores insumos e coprodutos locais para formular a dieta. Em Guaiçara (SP), por exemplo, usa-se o farelo de amendoim, subprodutos de cana (silagem e bagaço), DDG e gérmen de milho. No Mato Grosso, a dieta é mais “quente”, com maior disponibilidade de milho.
- Armazenagem: A empresa tenta armazenar o máximo possível de insumos, para garantir a qualidade e diluir o custo ao longo do ano.
- Volume: O volume de compra (só Guaiçara trabalhou com 60 mil toneladas de insumos no ano passado) permite uma melhor negociação e a redução do custo por tonelada.
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Sinergia e competitividade
A compra de insumos não é um trabalho isolado. É uma engrenagem que tem que rodar em sinergia com a equipe de nutrição, as consultorias e os gerentes regionais.
O objetivo é formular uma dieta boa, que entregue a performance esperada, com o custo mais competitivo possível, para que o pecuarista tenha um bom resultado.
A competitividade dos boitéis JBS é um reflexo desse trabalho. Rodrigo Guimarães afirma que a casa cheia é um sinal de que a empresa está competitiva no mercado. O resultado é um jogo em que todos ganham: a JBS, com boi de qualidade, e o pecuarista, com um resultado econômico positivo.
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