No sexto episódio da série Mitos & Verdades: Cerca Elétrica, o médico-veterinário Ernesto Coser, um dos maiores estudiosos da ferramenta no Brasil, trouxe um tema central para quem busca produtividade no campo: qual o tamanho ideal dos piquetes e a distância correta entre o pasto e o bebedouro. Assista ao vídeo abaixo e confira.
Segundo o especialista, a eficiência do pastejo está diretamente relacionada ao posicionamento da aguada.
Quando a distância entre o bebedouro e o fundo do piquete ultrapassa 250 a 300 metros, o gado tende a permanecer próximo da água, desuniformizando o pastejo e deixando o capim do fundo subaproveitado.
Piquetes menores, pastejo mais eficiente
Ernesto destaca que piquetes muito grandes comprometem a eficiência da colheita do capim.
“Quanto menor o piquete, menor o tempo de ocupação e maior a pressão de pastejo. Isso significa menos perda por pisoteio, por esterco e por urina”, explica.
A cerca elétrica entra como uma solução flexível e econômica, permitindo dividir os pastos em parcelas mais estratégicas e adaptáveis ao manejo rotacionado. Com isso, é possível:
- Aproveitar melhor o capim produzido;
- Controlar a altura de entrada e saída do gado no piquete;
- Evitar que o capim perca vigor por corte exagerado;
- Aumentar a taxa de lotação com eficiência.
Casos práticos comprovam a importância do manejo correto
Ernesto compartilhou dois exemplos reais. Em uma fazenda no Pará, o produtor havia dividido sua área com piquetes fixos de 9 hectares, com cerca convencional.
Mesmo com capim adubado, o gado não pastejava o fundo do piquete, o que gerava desperdício e a necessidade de roçada.
Outro caso foi em um pivô central, onde a frente do pasto era rapada e o fundo passava, mesmo com investimentos altos em adubação. A solução encontrada foi simples: usar uma cerca elétrica móvel para dividir o pasto em duas metades.
O gado pastejava a parte da frente pela manhã e a do fundo à tarde, com o bebedouro sendo reposicionado para acompanhar o gado. Resultado: pastejo mais uniforme e capim melhor aproveitado.
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Bebedouro móvel: mais pasto, mais adubo natural
Além da cerca elétrica, o uso de bebedouros móveis permite melhorar a distribuição de esterco e urina, fertilizando de forma mais uniforme toda a área.
“A parte mais rica da fazenda é onde tem praça de alimentação. Se você não distribuir bem isso, você concentra a fertilidade em poucos metros”, alerta Ernesto.
Conclusão: controle é sinônimo de produtividade
“Se você controla o gado, você controla o corte do capim. E se controla o corte, você ganha em perfilhamento, enraizamento e produção de arroba por hectare”, resume o especialista.
A cerca elétrica, aliada a piquetes bem dimensionados e uma distância ideal da aguada, é hoje uma ferramenta indispensável para quem busca produtividade com baixo custo. Perdeu algum episódio da série “Mitos & Verdades: Cerca Elétrica”? Clique aqui e veja os demais episódios.
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