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Carpa Serrana destaca manejo de pasto como pilar nos 50 anos de história

Gerente do grupo apontou que prova do sucesso está no abate de animais de mais de 20@ de média antes dos dois anos de idade com 58% de rendimento

No Giro do Boi desta segunda-feira, dia 06, foi ao ar mais um episódio da série especial Pasto Extraordinário, fruto de parceria entre a Corteva Agriscience, Canal Rural, Canal do Criador e Giro do Boi.

Neste episódio, destaque para as ferramentas que ajudam na construção da produtividade da Fazenda Cibrapa, propriedade em Barra do Garças-MT do grupo Carpa Serrana em, que em 2021 completa 50 anos de história.

“O trabalho da Carpa é muito consistente, é um trabalho que está completando 50 anos na seleção do Nelore. Nós fomos os primeiros a fazer receptoras Nelore, a fechar Nelore no cocho, em confinamento – o pessoal falava que o Nelore era arredio, bravo, não ia ficar no confinamento – fomos os primeiros a matar bois de dois anos, a abater super precoce, a emprenhar essas novilhas mais cedo”, listou Marcos Junqueira Cardoso, gerente da Carpa Serrana.

Junqueira destacou como o manejo de pasto foi utilizado como pilar na consolidação da seleção do grupo “Isso tudo aliado ao que a gente foi aprendendo com correção de solo, melhoria de pastagem. Esse trabalho é uma coisa que você não consegue da noite para o dia. Isso são anos de trabalho para fazer gado comercial com biotipo que tem o gado da Carpa”, sustentou.

Marcos lembrou de todas as técnicas que contribuíram para o aumento da produtividade. Nós tomamos algumas atitudes no passado, isso já na década de 1990, que contribuíram muito para o desenvolvimento do nosso gado, na melhoria dos nossos índices. A primeira foi a melhoria dos pastos que já existiam. Depois nós montamos um confinamento, que foi outra atitude que favoreceu que a gente abatesse os nossos animais mais cedo e com isso aumentando o desfrute da fazenda. Depois nós colocamos pivô central, que é outra forma de você também intensificar a lotação do rebanho da fazenda. Por final, a ILP, que também veio contribuir muito para melhorar ainda mais as pastagens porque as reformas de pasto, mesmo você procurando fazer bem feito, não é como um pasto formado em cima de uma área de soja, que foi corrigido, que foi soja alguns anos. Nas áreas que foram soja há alguns anos o pasto é diferenciado”, opinou.

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O gerente explicou como funciona na prática o sistema de rotação de culturas na Fazenda Cibrapa. “Como na região (Vale do Araguaia mato-grossense) nós não conseguimos fazer safrinha de grão, desde quando nós começamos, o que já tem 13 anos, nós fizemos o que a gente chama de ‘safrinha de carne’, porque é jogada semente de Ruziziensis em cima da soja, aí colhe-se a soja e essas áreas fornecem um capim, uma pastagem de uma qualidade fora de série, que a gente pode usar para pastejo, nós usamos para fazer feno também e para fazer silagem”, comentou.

Manejo de pasto é um dos pilares do trabalho do Grupo Carpa Serrana.

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“Tudo isso é uma forma de ter alimento de qualidade para a seca, para passar esse período, essa fase de seca. E ajudar principalmente nas categorias que mais sofrem durante a seca, que são os animais jovens, os bezerros, as bezerras e as novilhas. São animais que precisam ter uma comida diferenciada para poder emprenhar mais cedo, para quem trabalha com macho, para poder matar macho mais cedo. É muito importante essa condição de pasto bom durante o período da seca”, reforçou.

Com foco em tantas frentes dentro da seleção, o reconhecimento é algo natural. “Nós temos feedback do pessoal que compra os nossos bezerros, com abate com uma média de 58% de rendimento, animais morrendo com 20 a 23 meses sempre acima de 20@. Teve lote de animais crioulos nossos com rendimento de 61%. Isso está muito relacionado ao biotipo do gado da Carpa, é um gado que tem um dorso lombo comprido. Você olha o gado da Carpa e ele tem um comprimento que hoje é muito difícil você ver. Nós conseguimos conservar esse comprimento no gado da Carpa. Isso, no rendimento, é muito importante”, analisou.

Junqueira revelou ainda o que espera para a próxima metade do primeiro século de existência do grupo Carpa Serrana. “A Carpa está fazendo 50 anos e o que a gente espera para os próximos 50 anos é um trabalho mais persistente em cima de tudo isso que a gente já vem fazendo. A base de tudo, eu sempre falo, se você faz aquilo que gosta, é um privilégio. Não é trabalho”, concluiu.

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O depoimento completo do gerente da Carpa Serrana à série Pasto Extraordinário está disponível no vídeo a seguir:

Fotos: Reprodução / Facebook Carpa Serrana