ATENÇÃO, PECUARISTA!

Período de carência no uso de medicamentos é fundamental para garantir a qualidade da carne 

Seguir as regras corretamente é essencial para garantir acesso aos mercados internacionais

Período de carência no uso de medicamentos é fundamental para garantir a qualidade da carne (Foto: Reprodução).
Período de carência no uso de medicamentos é fundamental para garantir a qualidade da carne (Foto: Reprodução).

O respeito ao período de carência no uso de medicamentos veterinários é um tema de segurança alimentar de relevância global, sendo crucial para garantir a qualidade da carne brasileira e manter as portas abertas para a exportação. 

Em entrevista ao Giro do Boi, o gerente técnico e de marketing da Vetoquinol Saúde Animal, Antônio Coutinho, faz um alerta sobre os resíduos de medicamentos, principalmente endectocidas e o acaricida Fluazuron, que têm prejudicado o acesso a mercados asiáticos, europeus e norte-americanos.

Confira a entrevista completa:

Recentemente, um frigorífico em Goiás, por exemplo, foi notificado e, na sequência, desabilitado pela China por alta concentração de Fluazuron na carne. O problema se repetiu em unidades de Minas Gerais e São Paulo, e a punição se arrasta por mais de um ano. 

“O problema não vai ser só o seu. É um problema do Brasil. Isso gera insegurança para os mercados compradores”, disse Coutinho. O problema é simples de ser resolvido com uma atitude do produtor: uso consciente e respeito ao período de carência dos produtos.

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Os riscos do Fluazuron e da Ivermectina

A atenção se volta agora para o Fluazuron, um acaricida usado no controle do carrapato bovino. O alerta vale também para as ivermectinas, que são endectocidas utilizados para parasitas internos. O risco mora na falta de informação sobre a data de abate do animal:

  • Carência de 130 dias: um produto com carência de 130 dias, se aplicado em um animal que tem um ciclo de confinamento de 100 dias, resultará em resíduo na carcaça.
  • Informação na bula: “Tem que se levar isso em consideração… leiam. A gente tem dentro da nossa linha nove endectocidas. O nosso catálogo mostra direitinho cada produto, para que categoria ele serve”, afirmou Coutinho.

O produtor que compra gado de reposição deve questionar o vendedor sobre o produto aplicado e a data, para que seja possível esperar o tempo adequado antes de enviar o animal para o abate. A informação está toda disponível na embalagem e na bula do produto.

Dicas para a estação de monta: custo sanitário x lucro

Para a estação de monta, o controle de ecto e endoparasitas é vital. Coutinho reforça a necessidade de aplicar um vermífugo e, principalmente, controlar a mosca do chifre, que causa estresse, impacta a ciclicidade das fêmeas e pode reduzir a taxa de prenhez.

  • Brinco mosquicida: O Fiprotag 210, com carência zero, custa cerca de R$ 1 por mês. “Os estudos que nós fizemos mostram um resultado econômico de uma arroba por animal [em ganho de peso] no final.”
  • Economia cara: “O custo sanitário, gente, é 3% no máximo. Não economize, porque essa é aquela economia cara, que vai custar muito caro lá na frente”, disse Coutinho.

O investimento em sanidade é uma questão de gestão que protege o rebanho e assegura a credibilidade da carne brasileira no mercado global.

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