No quadro “Giro do Boi Responde”, o engenheiro agrônomo Wagner Pires ofereceu sua expertise para João Pedro Ferreira, produtor de Carneiros (AL), sobre a escolha acertada de capim para áreas do sertão nordestino com solos argilosos, que enfrentam estiagens no verão e períodos de encharcamento no inverno. Assista ao vídeo abaixo e confira as recomendações detalhadas.
Pires evidencia a importância de adequar a forrageira às condições climáticas predominantes da região sertaneja, onde as chuvas são escassas no verão e o inverno traz consigo desafios de excesso de água.
Para uma precipitação mínima de 500 mm, a braquiária híbrida, conhecida como “Camello”, pode ser uma escolha viável.
Alternativas resistentes à seca
Se as chuvas forem mais espaçadas, opções como Buffel e outras Urocloas, assim como o Andropogon e a Brachiaria decumbens, surgem como alternativas que podem prosperar nessas condições.
Essas forrageiras são tolerantes a déficits hídricos e podem se desenvolver bem mesmo com índices pluviométricos limitados.
Limitações no período de encharcamento
No entanto, Pires alerta que a permanência de água por mais de 40 dias pode ser problemática, já que tais gramíneas geralmente não resistem a inundações prolongadas.
Uma exceção poderia ser o capim Cayman, que oferece uma tolerância ligeiramente maior a solos encharcados, ainda que não seja uma solução total para a estação chuvosa prolongada.
Aconselhamento para seleção estratégica
Diante da complexidade das estações no sertão de Alagoas, a recomendação é prosseguir com prudência, optando por cultivares que afirmam resiliência tanto à seca quanto ao excesso de umidade.
O cuidadoso monitoramento e manejo do solo, junto a uma escolha estratégica da forrageira, podem garantir o sucesso da pastagem de produtores como João Pedro Ferreira no sertão alagoano.