A adoção de sistemas integrados de produção é crescente no Brasil. Hoje, segundo estudo encomendado pela Embrapa, já se sabe que 11,5 milhões de hectares são ocupados por algum tipo de integração, sendo que o mais comum é o pecuária-floresta, com 83% deste total. No entanto, estão se popularizando outras versões, como a ILP e ILPF, com o objetivo de melhorar e aumentar a produção de carne e leite no País.
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O assunto foi tratado nesta terça, 17, pelo Giro do Boi, que exibiu entrevista do repórter Marco Ribeiro com a engenheira agrônoma e pesquisadora da Embrapa Meio Ambiente Priscila de Oliveira. Ela destacou que outro levantamento recente feito pela Embrapa em parceria com a Rede de Fomento à ILPF (uma parceria público-privada com foco no aumento da adoção de sistemas integrados de produção) e o Imea, Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária, descobriu que para cada real investido em ILPF (integração lavoura-pecuária-floresta), o produtor tem um retorno médio de R$ 3,70. Na pesquisa, foram analisados os desempenhos de produtores que integram cinco URTs – unidades de referência tecnológica e econômica para sistemas integrados do estado do MT.
“Mas ainda existe um certo receio de os produtores entrarem para esta estratégia de produção, então a gente indica conhecer os produtores que já adotam diferentes sistemas e modalidades para entender como começar. Às vezes, mais importante do que começar inserindo árvore na pastagem é ver a condição desta pastagem, ver se está degradada, como posso recuperar e quais são meus meios para recuperá-la. Vamos começar aos poucos, um passo de cada vez”, ponderou a agrônoma.
“Para pecuaristas, a gente tem diferentes soluções. Começar por introduzir uma leguminosa, diferir o pasto, colocar uma nova cultivar, lembrando que a Embrapa tem várias cultivares recentes para diferentes condições de bioma, pluviosidade e temperatura no País. E aí sim, moderadamente, ir intensificando o sistema”, recomendou.
“Respeitando a condição local, a sua capacidade, a sua força de trabalho e o seu objetivo, o sistema é rentável e serve para todo mundo”, concluiu Priscila.
Veja a entrevista completa no link abaixo: