Mesmo com clima adverso e incertezas econômicas, país teve o dobro da média global e segue como 3º maior produtor do mundo
A produção de ração animal cresceu no Brasil em 2024, confirmando a força do setor mesmo diante dos desafios climáticos, sanitários e econômicos. O país atingiu quase 90 milhões de toneladas, o que representa uma alta de 2,4% em relação ao ano anterior — o dobro da média global, que ficou em 1,2%.
O levantamento é da Alltech, referência mundial em nutrição animal, e foi feito com dados de 142 países e mais de 28 mil fábricas. A pesquisa mostra que a produção mundial subiu de 1,38 bilhão para 1,4 bilhão de toneladas em 2024, após um ano de estagnação em 2023.
Setores que puxaram o crescimento no Brasil
No Brasil, os maiores destaques foram:
- Aquicultura: crescimento de 8%;
- Bovinos de corte: aumento de 7%;
- Aves: alta de 6%.
O bom desempenho desses segmentos compensou os impactos de eventos climáticos extremos, como secas e enchentes, e de doenças como a gripe aviária, que afetaram o desempenho de outros países produtores.
Ração para bovinos de corte cresce no mundo
No cenário global, a produção de ração para bovinos de corte também mostrou recuperação. Em 2023, foram produzidas 131 milhões de toneladas. Já em 2024, o número subiu para 134 milhões de toneladas, um crescimento de 1,8%.
Esse avanço indica que os pecuaristas estão investindo mais em nutrição para melhorar os índices de produtividade, principalmente em sistemas de engorda intensiva, como o confinamento, cada vez mais presente nas fazendas brasileiras.
Brasil mantém posição de destaque
Com esse volume expressivo, o Brasil mantém a terceira posição entre os maiores produtores de ração do mundo, atrás apenas de:
- China
- Estados Unidos
Essa liderança reforça o protagonismo brasileiro na agropecuária mundial e o papel estratégico da nutrição animal para o sucesso dos sistemas de produção, tanto na pecuária quanto na avicultura, suinocultura e aquicultura.
Perspectiva positiva para 2025
A tendência é que esse crescimento continue em 2025. O uso de tecnologias de precisão, a busca por maior eficiência alimentar e o investimento em bem-estar animal são fatores que devem sustentar a demanda por ração de qualidade.
Além disso, a expectativa de safra cheia e bons estoques de milho e soja contribui para uma oferta estável de ingredientes, o que ajuda na formulação de dietas balanceadas a preços mais competitivos.
Mesmo em um cenário desafiador, o Brasil mostrou sua força e compromisso com a eficiência produtiva e a sustentabilidade da pecuária. A nutrição bem-feita segue como uma das bases para garantir o desempenho dos rebanhos e o sucesso dos produtores.