O foco foi identificado na Colômbia, mas corre risco de casos serem diagnosticados na Venezuela, país vizinho que faz fronteira com o Brasil
E mais uma vez o tema “febre aftosa” é o mais preocupante no momento no setor do agronegócio. A tensão vem das fronteiras do Brasil com a Venezuela. Na região, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento já reforçou a fiscalização, na cidade de Pacaraima-RO. A iniciativa veio após a confirmação de um foco na cidade de Tame, na Colômbia, que faz divisa com o estado e com a Venezuela.
Entre as diversas medidas tomadas pelo órgão responsável está a operação na fronteira de equipes da Vigilância Agropecuária Internacional (Vigiagro) . Produtos de origem animal, como carne, queijo e leite estão sendo fiscalizados e até mesmo proibidos de entrar no Brasil. Outra preocupação é com os riscos com a contaminação de animais naquela região próxima à Venezuela. Segundo dados da Superintendência Federal da Agricultura, 50 mil animais estão em área de contágio, os quais até recebem a vacina no governo brasileiro.
MERCADO EXTERNO
Na última quinta-feira, 22, os Estados Unidos suspenderam temporariamente as exportações de carne in natura por conta dos os visíveis danos causados por reação da vacina contra a febre aftosa nas carcaças, uma lesão intramuscular, considerada comum, chamou a atenção dos americanos, que inspecionam rigorosamente os lotes da carne.
A medida aconteceu de forma mais rigorosa por conta da Operação Carne Fraca, que ocorreu em março deste ano. Atualmente, os órgãos investigam as possíveis causas das reações, que podem ser oriundas de problemas na composição da vacina ou má aplicação nos animais.
STATUS
O Brasil é um país livre da febre aftosa com vacinação, segundo a Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), mas existem projetos em andamento cujo objetivo é dispensar a vacina obrigatória entre os anos de 2019 e 2023.