A pecuária de precisão está transformando o modo como os produtores gerenciam seu negócio para muito melhor. Mas ao passo que a automação aumenta o volume de dados capturados e diminui a velocidade com que são repassados a quem os analisa, traz um desafio sobre a capacidade de usá-los do melhor modo na forma de tomadas de decisões. Foi este o tema de mais um capítulo da série especial Embrapa em Ação, gravada na sede da Embrapa Pecuária Sudeste em São Carlos-SP.
“A agricultura de precisão mostrou que existe esta variabilidade no campo utilizando sensores, equipamentos muito conectados e que conseguiram levantar um grande volume de dados. Aí veio a pecuária de precisão também identificando animal por animal, mostrando que existe variação de um indivíduo para o outro e dando informação para a gente conseguir tratar esses animais individualmente, não mais pelo lote”, explicou o pesquisador da unidade, Alberto Bernardi.
Já o supervisor do núcleo de tecnologia da informação da unidade, Adilson Guimarães, esclareceu como isto impacta no dia a dia dos profissionais do campo, desde os pesquisadores até pecuaristas e a sociedade de maneira geral. “Não há mais necessidade de pegar cadeirinha, a prancheta e ficar sentado olhando, observando animais, se eles estão na sombra, no sol, se está se deslocando ou parado. Ou seja, sensores fazem isto, coletam esta informação instantânea. O volume de dados é muito maior, mas a gente utiliza este tempo deste profissional para analisar estes dados e transformar em informação para o produtor, para a sociedade”, disse à reportagem
Esta velocidade, no entanto, é que acaba estimulando mudanças na forma como a decisão é tomada. Para fazer esta transição da melhor forma, Bernardi recomendou o auxílio de dois tipos de profissional: o técnico do campo e um especialista em tecnologia da informação também. “A gente está sendo bombardeado por um grande volume de dados a todo momento. Na parte animal a gente tem informação de sensores de localização, de comportamento animal, medidas fisiológicas como temperatura, de comportamento, ingestão de alimentos, então é muito dado que está chegando. O desafio está em como trabalhar estes dados, como transformar estes dados em resultado e em informação. E aí que está o papel importante do técnico, do agrônomo, do veterinário, do zootecnista, mas a gente não vai conseguir fazer isto sozinho. Nós precisamos de outros profissionais, e aí entram os profissionais da tecnologia da informação” disse.
Veja a reportagem completa pelo vídeo abaixo: