Batateiro vira pecuarista e produz boi jovem de 27@

O feito foi do produtor Marcos Donizeti Sanches Martins, da Estância São Francisco, no município de Iacanga (SP)

Um batateiro no interior de São Paulo virou pecuarista e, em cerca de três anos confinando, já produz boi gordo, de até dois dentes, pesando incríveis 27,3 arrobas (410 quilos).

O peso foi a média por animal levado para o abate. Houve boi que atingiu 32,7 arrobas com zero dentes.

O feito é do produtor Marcos Donizeti Sanches Martins, 48, da Estância São Francisco, no município de Iacanga (SP), na região de Baurú. 

O lote de animais foi o grande destaque no quadro do Giro pelo Brasil desta sexta-feira.

A menção é justamente merecida, pois, ao longo dos oito anos do programa, foram poucas as vezes que se mostrou um gado tão pesado, jovem e de qualidade como o de Martins.

Quem apresentou a história do pecuarista no programa foi o originador Diego Feltrin, da unidade da Friboi de Lins (SP).

O batateiro virou pecuarista

Há 27 anos, Martins compra e distribui a produção de batatas e cebolas vindas de pequenos produtores em sua região. Ele comercializa a produção no Ceasa de Bauru.

A produção de boi gordo foi uma sorte do destino. Ele comprou uma propriedade rural, que era apenas para lazer, mas que abriu espaço para sua renda com o boi.

“O batateiro está virando pecuarista. Criar boi era uma coisa que eu sempre tive vontade quando era pequeno. Agora o sonho virou realidade e inclusive é partilhado com o meu filho mais velho”, diz Martins.

Martins é pai de Douglas, 29, e de André, 26. André ajuda o pai no Ceasa e Douglas é quem toma conta da recria e engorda do gado.

Gado de primeira qualidade 

“Mercadoria boa é a que sai na frente. Sempre gostei de trabalhar com mercadoria boa, no boi não seria diferente”, diz o pecuarista.

Este é o trabalho que norteia a seleção de batatas e cebolas que compra. O conceito é o que define as compras de boi magro pelo empresário.

“O segredo é comprar bem o gado. Sempre vamos atrás de uma boiada boa e de procedência”, diz Martins.

O trato e nutrição dos animais é supervisionado por um zootecnista que define a alimentação adequada para a terminação do rebanho.

O confinamento da Estância São Francisco

A propriedade, hoje, tem 266 hectares e está bem piqueteada. O confinamento tem capacidade estática para 600 bovinos.

Martins inclusive está cultivando milho na propriedade para ajudar na composição da ração dos animais.

“Este é o terceiro ano que confinamos. Mas a tendência é aumentar ano a ano, pois a propriedade tem espaço para comportar mais animais”, diz o pecuarista.

Não deixe de conferir o destaque dos bovinos que o pecuarista levou para o abate no vídeo acima.