O pecuarista que atrasa a adubação de sua pastagem está deixando de produzir ao menos 2,9 arrobas por hectare ao ano. Esta foi a afirmação do professor da Esalq-USP Moacyr Corsi, engenheiro agrônomo, mestre, doutor em ciência animal e pastagens e pós-doutor por duas universidades estrangeiras. O número foi passado por Corsi ao repórter Marco Ribeiro em entrevista exibida nesta segunda, 08.
Segundo Corsi, o pecuarista, de forma geral, está começando a aplicar tecnologia e a coletar dados, mas ainda os interpreta incorretamente. Uma destas interpretações equivocadas diz respeito à adubação de pastagens. “Existem muitas interações (do adubo para pastagem com a terra) para explicar produtividade, ou resposta econômica desta adubação. Mas podemos garantir que à medida que o pecuarista vai adubando e trabalhando melhor o pasto através da taxa de lotação indicada e relação com eficiência do pastejo, a resposta econômica, o retorno é crescente”, detalhou.
Para desfrutar de todo o acréscimo de produtividade – e renda – que a adubação oferece, o pecuarista deve estar atento para o calendário das aplicações. Um atraso de 14 dias dentro da janela de adubação pode fazer com que o ele deixe de produzir quase três arrobas por hectare. “Eu deixo de ganhar 2,9 arrobas por hectare só porque eu atrasei 14 dias”, frisou, usando informações coletadas no Projeto Canivete. “É um prejuízo muito grande. Num sistema convencional em que o pecuarista produz cinco @/ha/ano, perder 2,9@ por causa de 14 dias não é nem possível imaginar que conta é essa”, alertou.
Veja a entrevista completa pelo vídeo abaixo: