A Associação Brasileira das Indústrias de Suplementos Minerais (Asbram) fez um importante alerta no Giro do Boi desta quinta-feira, 13. Menos da metade do rebanho bovino no País recebe suplementação mineral. Assista ao vídeo abaixo e confira os detalhes deste dado.
O alerta foi do zootecnista Juliano Sabella, presidente da Asbram. Ele foi ao estúdio do Giro do Boi e trouxe um panorama de como está o mercado de suplementação mineral na pecuária brasileira.
“O mercado de suplementação mineral teve um bom crescimento nos últimos três anos, especialmente nos anos de 2020 e 2021”, diz Sabella.
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A alta verificada foi de cerca de 12%. No entanto, as oportunidades são grandes, pois a suplementação mineral, atualmente, chega a apenas 70 milhões de bovinos no País.
Esse número representa menos da metade do rebanho de bovinos do Brasil.
“Hoje o que é produzido de suplemento dá para 100 milhões de cabeças no País”, diz Sabella.
Deficiência nutricional no cocho, segundo a Asbram
A falta de suplementação mineral de bovinos acaba sendo um grande freio para a produtividade de carne e leite no País.
“Existem casos em que o produtor não dá mesmo o suplemento para o gado, ou, quando é dado, existe a subdosagem de mineralização no cocho”, diz o presidente da Asbram.
Os nutrientes vindo através da suplementação mineral são essenciais para complementar a alimentação do rebanho, especialmente quando há falta de nutrientes no pasto.
A mineralização acaba sendo uma saída estratégica especialmente no fim do período das águas e na seca, com a queda da qualidade nutricional dos pastos.
Dados do mercado de suplementação no País
A Asbram estimou que a comercialização de suplementos minerais chegou a 2,54 milhões de toneladas em 2022.
A Asbram foi constituída em 1997 por 13 empresas do setor e reúne atualmente 62% das indústrias brasileiras produtoras de suplementos para a pecuária em todo o território nacional.
O primeiro trimestre de 2023 teve uma redução de 8% em relação ao mesmo período do ano passado.
O principal ponto que fundamentou essa queda foi o caso atípico de vaca louca, registrado no início do ano, e que culminou em paralisações de exportações de carne bovina para a China.
Boas perspectivas para o setor de suplementação em 2023
Apesar do baque, a China reabriu as exportações de carne bovina do Brasil e as perspectivas são otimistas, segundo Sabella.
O pecuarista tem entendido que essa tecnologia na alimentação do gado é importante para acelerar os ganhos na fazenda.
“A suplementação não é um custo, mas sim um investimento, pois ela traz muito ganhos de produtividade”, diz o dirigente da Asbram.
Desoneração do PIS/Confins na suplementação do gado
A entidade está inclusive com o pleito sobre a desoneração do PIS/Cofins para rações e suplementos destinados à nutrição de bovinos.
“A desoneração é de 10% e já está disponível para os setores de produção de aves e suínos, agora, resta a produção de bovinos de corte e de leite”, diz Sabella.
A desoneração será um importante gatilho para fazer com que mais pecuaristas utilizem a mineralização no gado.
O PIS/Cofins são impostos cobrados das empresas para manter pagamentos de seguro desemprego, abono salarial e de gastos ligados à Previdência Social.
