Em vídeo que foi ao ar no Giro do Boi desta terça, dia 18, o médico veterinário e consultor Ademir Ribeiro mostrou na prática como é feita a castração de bezerros. Conforme destacou o especialista, o manejo pode ser feito com a borrachinha ou no método tradicional, no canivete.
Para mostrar os detalhes, Ribeiro, que é idealizador do Programa Touro Zero, foi até o arrendamento da Estância Espora de Prata no distrito de Triunfo, em Candeias do Jamari-RO. Em seguida, detalhou lote de 100 vacas Nelore com bezerros meio-sangue ao pé, todos nascidos entre junho e setembro de 2021.
Assista os procedimentos de castração de bezerros e manejo sanitário da cria pelo vídeo a seguir:
IMOBILIZAÇÃO
Primeiramente, Ademir mostrou o peão lançando o bezerro e trazendo para um cercadinho de madeira pelo qual o bezerro passa na altura da primeira ripa. O cercado protege o campeiro da vaca, ao mesmo tempo que permite que a mãe visualize o manejo da cria.
CASTRAÇÃO DE BEZERROS COM BORRACHINHA
Em seguida, o veterinário falou sobre um dos métodos de castração de bezerros, usando a borrachinha. O bezerro é imobilizada com a perna do vaqueiro sobre suas patas. Logo depois, o alicate aplica a borrachinha logo na base dos testículos. A borrachinha vai, então, comprimir pele, vaso sanguíneos e nervos. “Com 15 a 20 dias, vai cair a bolsa escrotal por completo”, anunciou Ribeiro.
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Além disso, no mesmo manejo o peão aproveita para picotar o mês de nascimento do bezerro na orelha. Depois disso, aplica 1 ml de doramectina intramuscular, 5 ml de fósforo orgânico e usa produto para cura de umbigo tanto no umbigo quanto na orelha.
“Agora, ele solta o bezerro tranquilo. […] O bezerro está pronto. Um sucesso, a mãe já vem buscá-lo. Esse é o manejo do Programa Touro Zero”, comentou Ademir Ribeiro.
CASTRAÇÃO DE BEZERROS NO CANIVETE
Posteriormente o veterinário exemplificou a castração de bezerros no método tradicional. O método é similar ao anterior, com a diferença de que é realizado com as pernas do bezerro contidas por uma corda. Finalmente, com os dois testículos bem expostos, o peão faz o corte na pele e expõe os órgãos. “Faz a castração como se estivesse fazendo num garrote, é o mesmo modelo. Você faz o corte na pele e depois vai puxar o cordão espermático até quebrar”, narrou.
Segundo Ademir, a cirurgia é simples e não tem hemorragia, sendo cicatrizada após cinco dias. Imediatamente depois, aplica-se o mesmo protocolo de doramectina, fósforo orgânico e produto de cura de umbigo, desta vez no umbigo, na picote da orelha e no local da cirurgia da castração de bezerros.
Em conclusão, o veterinário projetou o resultado do procedimento. “Esta é a pecuária premium trabalhando para produzir carne premium. Esses bezerros vão para abate com 15 para 20 meses acima de 18@. No gancho, encosta nas 20@. Um programa que funciona 100%”, confirmou.
