Adubação de pasto: quando vale a pena pisar no acelerador e investir nela?

Confira as dicas do doutor em zootecnia Gustavo Rezende Siqueira, do Polo Regional de Alta Mogiana da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (APTA)

A adubação de pasto é uma das opções para o pecuarista turbinar a sua produção. Mas exatamente quando vale a pena pisar no acelerador e investir nela?

O tema foi destaque no Giro do Boi desta sexta-feira, 22. A reportagem do programa conversou com o doutor em zootecnia Gustavo Rezende Siqueira.

Siqueira é pesquisador do Polo Regional de Alta Mogiana da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (APTA). A autarquia está vinculada à Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo.

“A adubação de pastagem é mais uma ferramenta, mais uma prática onde se coloca a tecnologia dentro do seu sistema produtivo”, diz Siqueira.

Entenda a necessidade da fazenda antes de adubar!

Rebanho bovino em pastagem adubada. Foto: Divulgação
Rebanho bovino em pastagem adubada. Foto: Divulgação

No entanto, o pesquisador alerta que é preciso o pecuarista entender que a adubação, assim como a suplementação, jamais substituirá um bom manejo.

É preciso saber como está o solo da fazenda e se pasto está atingindo o teto de produtividade. O especialista faz até uma analogia do pasto com carro de Fórmula 1.

“O pecuarista está dirigindo o seu carro na velocidade máxima que se consegue nele? Se sim, então podemos pensar em turbinar esse capim”, diz Siqueira.

Mas se o pasto não está lá essa “Ferrari”?

Área com pastagem degradada em Ipameri (GO) em março de 2012. Foto: Breno Lobato/Embrapa Cerrados
Área com pastagem degradada em Ipameri (GO) em março de 2012. Foto: Breno Lobato/Embrapa Cerrados

Agora, se o pasto não estiver na sua velocidade máxima, a adução pode não surtir o efeito desejado.

Por isso que deve ser seguido à risca as boas práticas de manejo com o capim, para manter o pasto.

“Se o produtor não manejar bem o seu pasto e pensar em adubar seria um retrocesso. Isso porque ele pode potencializar o problema do seu manejo”, diz Siqueira. 

De olho na situação do solo

Distribuidor centrífugo de adubação a lanço em taxa variável. Foto: Álvaro Resende/Embrapa Milho e Sorgo
Distribuidor centrífugo de adubação a lanço em taxa variável. Foto: Álvaro Resende/Embrapa Milho e Sorgo

O alerta do pesquisador é para o pecuarista ficar cada vez mais atento à situação e às condições do solo.

É preciso saber quais as reais necessidades de fontes de macro e micro minerais para garantir um equilíbrio do solo. Muito além de fontes de nitrogênio, o solo precisa de demais nutrientes para o pasto.

“Você precisa pensar no cálcio, magnésio, potássio e o fósforo. Tudo é equilíbrio para potencializar essa adubação”, diz Siqueira.

Especiais da APTA

Ao todo serão 20 reportagens, de todos os ciclos de produção de carne de qualidade, que serão exibidas no programa Giro do Boi todas as semanas.

O programa de TV vai ao ar de segunda à sexta no Canal Rural, às 7h00 (horário de Brasília).