A adubação de pasto é uma das opções para o pecuarista turbinar a sua produção. Mas exatamente quando vale a pena pisar no acelerador e investir nela?
O tema foi destaque no Giro do Boi desta quarta-feira, 4. A reportagem do programa conversou com o doutor em zootecnia Gustavo Rezende Siqueira.
Siqueira é pesquisador do Polo Regional de Alta Mogiana da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (APTA). A autarquia está vinculada à Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo.
“A adubação de pastagem é mais uma ferramenta, mais uma prática onde se coloca a tecnologia dentro do seu sistema produtivo”, diz Siqueira.
Entenda a necessidade da fazenda antes de adubar!
No entanto, o pesquisador alerta que é preciso o pecuarista entender que a adubação, assim como a suplementação, jamais substituirá um bom manejo.
É preciso saber como está o solo da fazenda e se pasto está atingindo o teto de produtividade. O especialista faz até uma analogia do pasto com carro de Fórmula 1.
“O pecuarista está dirigindo o seu carro na velocidade máxima que se consegue nele? Se sim, então podemos pensar em turbinar esse capim”, diz Siqueira.
Mas se o pasto não está lá essa “Ferrari”?
Agora, se o pasto não estiver na sua velocidade máxima, a adução pode não surtir o efeito desejado.
Por isso que deve ser seguido à risca as boas práticas de manejo com o capim, para manter o pasto.
“Se o produtor não manejar bem o seu pasto e pensar em adubar seria um retrocesso. Isso porque ele pode potencializar o problema do seu manejo”, diz Siqueira.
De olho na situação do solo
O alerta do pesquisador é para o pecuarista ficar cada vez mais atento à situação e às condições do solo.
“Você precisa pensar no cálcio, magnésio, potássio e o fósforo. Tudo é equilíbrio para potencializar essa adubação”, diz Siqueira.
É preciso saber quais as reais necessidades de fontes de macro e micro minerais para garantir um equilíbrio do solo.
Muito além de fontes de nitrogênio, o solo precisa de demais nutrientes para o pasto.