“Um terço deles (criadores) tira dinheiro do bolso. E ele poderia estar ganhando 35% ao ano. Quando ele poderia produzir o bezerro a R$ 700 ou R$ 680 se seguir o passo a passo”, afirmou em entrevista ao Giro do Boi desta quinta, 22, o zootecnista, mestre em produção animal e diretor do Inttegra, Antônio Chaker.
O consultor afirmou que produtores exclusivos de cria são os que mais têm dificuldade para gerar lucro em suas fazendas no Brasil. “Reprodução é a fase que tem mais liberdade para melhora na pecuária brasileira. A gente está mais à frente na recria e terminação do que na cria ainda. […] Só para dar um número para poder exemplificar isto, as fazendas de cria, na média, a gente estima que são 88 kg de bezerro desmamado por vaca e o bom é 150 kg. Então essa é a maior liberdade que tem na pecuária brasileira, o avanço reprodutivo, sem dúvida nenhuma”.
Chaker ressaltou que entre as medidas a serem adotadas pelos criadores para reverter o resultado de suas propriedades está a superação da marca de 85% de taxa de prenhez. “A gente tem que superar os 85% de prenhez para poder desmamar 75%. Então o ideal é que de cada dez vacas que a gente expõe (à reprodução), a gente tenha entre 7,5 a oito bezerros desmamados. Esta é a faixa que a gente precisa”, reforçou.
E como ultrapassar a barreira de 85% de taxa de prenhez? O consultor respondeu. “O pulo do gato mesmo, aquilo que faz toda a diferença, é (a vaca) ganhar condição corporal durante a monta. É eu poder garantir que a vaca vá parir em uma boa condição porque se ela parir mal, a gente até brinca, ‘foi com a corda’. Porque é muito caro recuperar esta condição corporal, então ela precisa parir bem. E para parir bem, esse momento é fundamental, agora, na pré-monta. Ela parindo bem, a gente tem uma estratégia para emprenhar ela rápido […] para poder seguir sua vida reprodutiva”, completou.
Veja a entrevista completa pelo vídeo abaixo: