Transformação sustentável: 40 milhões de hectares degradados têm potencial de recuperação

Inovações e recursos para revitalizar pastagens no Brasil discutidos no FIAP 2024

Transformação sustentável: 40 milhões de hectares degradados têm potencial de recuperação
Transformação sustentável: 40 milhões de hectares degradados têm potencial de recuperação

Durante o Fórum Internacional da Agropecuária (FIAP 2024), Carlos Ernesto Augustin, engenheiro agrônomo e assessor especial do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), apresentou uma visão ousada para a recuperação sustentável das pastagens degradadas no Brasil. Aproximadamente 40 milhões de hectares foram identificados como tendo um potencial alto para revitalização, oferecendo uma oportunidade significativa para a produção agrícola sustentável. Assita ao vídeo abaixo e confira a apresentação de Augustin na íntegra.

A discussão girou em torno de um programa instituído por decreto presidencial com a missão de transformar áreas degradadas em sistemas produtivos eficientes.

Com base em análises conduzidas pela Embrapa e financiamentos apoiados por instituições como o BNDES e o Banco do Brasil, o programa visa implementar práticas como plantio direto, sistemas integrados e a utilização de bioinsumos para sequestro de carbono.

Estratégias de recuperação e financiamento

Carlos Ernesto Augustin destacou que o Brasil possui quase 160 milhões de hectares de pastagens e que há um esforço coordenado para desenvolver e adaptar tecnologias que possibilitem a recuperação de 40 milhões desses hectares com menos custo econômico.

O programa prioriza a sustentabilidade ambiental, com práticas que promovem o sequestro de carbono, redução de emissões e aumento da produtividade pecuária, agrícola e florestal.

No campo do financiamento, o programa oferece cerca de 7 bilhões de reais anuais através do plano safra Renovagro, com limites de até 5 milhões por produtor. Esse suporte financeiro busca incentivar práticas sustentáveis e reverter o foco para uma produção agrícola de baixo carbono.

Impacto e potencial de transformação

Um ponto fundamental da palestra de Augustin foi a inclusão de pequenos e médios produtores, que representam 80% das áreas identificadas para recuperação.

O enfoque inclusivo promete alavancar a produção de alimentos no Brasil sem a necessidade de novos desmatamentos, gerando alimentos de baixo impacto climático e promovendo a competitividade global do país.

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Equilíbrio econômico para a agropecuária brasileira

As soluções práticas incluem o uso de bioinsumos para melhoria do solo, certificações de sustentabilidade, e o estabelecimento de culturas de alta produtividade sem desmatamento. O objetivo é alcançar um equilíbrio onde o crescimento econômico da agricultura brasileira caminhe junto com a responsabilidade ambiental.

Augustin concluiu afirmando que, com recursos adequados e regramento eficaz, o Brasil está preparado para um futuro agrícola que alia sua expertise em produção com modelos de responsabilidade ambiental.

A parceria nacional e internacional será essencial para atingir a meta ambiciosa de reverter o quadro atual de degradação e explorar o potencial pleno das terras brasileiras.

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