ESPECIAL SUSTENTABILIDADE

O que fazem as 10 fazendas com menor emissão de gases e maior rentabilidade do País?

Confira os detalhes na entrevista com um time de especialistas do programa Fazenda Nota 10 neste especial de sustentabilidade

O que fazem as 10 fazendas com menor emissão de gases e maior rentabilidade do País?
O que fazem as 10 fazendas com menor emissão de gases e maior rentabilidade do País?

O Giro do Boi desta quarta-feira, 15, se dedicou a um programa especial sobre as emissões de gases de efeito estufa na pecuária brasileira. Uma ferramenta inovadora do Fazenda Nota 10 está transformando a maneira como as propriedades rurais encaram a sustentabilidade. Assista ao vídeo abaixo e confira.

Conversamos com especialistas para entender como essas práticas impactam a sustentabilidade e a eficiência na produção de carne bovina.

O programa recebeu três entrevistados:

  • O zootecnista Antonio Chaker, diretor do Instituto Inttegra e da Fundação Agro, e mentor do Fazenda Nota 10;
  • O zootecnista Fábio Dias, diretor de Pecuária Friboi e líder de Agricultura Regenerativa da JBS;
  • E o engenheiro agrônomo, mestre e doutor em manejo e ciências da água Eduardo Assad, consultor da FGV e diretor executivo da Fauna Projetos.

Chaker destacou como as fazendas serão avaliadas nas emissões de gases. Ele observou a abordagem do programa, vai além do carbono por quilo de carne.

O Fazenda Nota 10 qualifica propriedades em diversos indicadores, promovendo uma competição saudável e proporcionando um ranking para os pecuaristas entenderem sua posição em termos de eficiência ambiental.

O programa se baseia em indicadores como produção de arrobas por hectare, rentabilidade, bem-estar animal e gestão de pessoas.

Chaker destaca a importância do balanço de emissões como uma métrica-chave para a conscientização.

A competição saudável, aliada à busca por eficiência, é a essência do Fazenda Nota 10, impulsionando a aprendizagem e a multiplicação de práticas eficientes.

Dicas para se manter no top 30: corrigindo o caminho desde o solo

Assad entrou em cena, oferecendo dicas valiosas para os pecuaristas se manterem entre os melhores.

O ponto de partida é uma análise de solo detalhada. A recuperação e melhoria dos pastos são fundamentais para garantir comida suficiente para o gado.

A integração pasto-árvore é incentivada como parte essencial da ambiência animal. A gestão eficiente do pasto, aliada a práticas como o manejo rotacionado, visa aumentar a captura de carbono e reduzir a idade do boi.

A mudança começa no solo, com a correção e recuperação dos pastos. A integração pasto-árvore, além de melhorar a ambiência, é uma estratégia valiosa contra ondas de calor.

O professor destacou a importância do manejo eficiente do pasto, enfatizando a captura de carbono como uma estratégia-chave. A sustentabilidade começa desde a base do ecossistema da fazenda.

Agricultura regenerativa: mudando a perspectiva do solo à produção

Áreas de integração lavoura pecuária. Foto: Divulgação/Embrapa
Áreas de integração lavoura pecuária. Foto: Divulgação/Embrapa

A essência está em regenerar o solo e manter sua qualidade. Fábio Dias destacou as práticas consolidadas no Brasil, como integração lavoura-pecuária-floresta e sistemas integrados.

O foco é fazer mais, com mais frequência e melhor. Ele ressalta que a pecuária brasileira já possui conhecimentos inovadores, e a chave está em aplicá-los eficientemente.

As práticas regenerativas não são novidades desconhecidas, mas uma mudança de perspectiva.

O solo é visto como o potencial guardador de carbono, e práticas como integração e sistemas diversificados já são consolidadas no Brasil. A inovação está em aplicar esses princípios de maneira consistente e eficaz.