Atualmente a vacinação contra febre aftosa tem sido foco de preocupação de entidades e pecuaristas brasileiros, sobretudo por conta do embargo dos Estados Unidos, ocorrido em 22 de junho, inicialmente por conta da incidência de abscessos em número relevante de carcaças exportadas.
Para esclarecer o assunto, o Giro do Boi recebeu nesta quinta-feira, 06, o vice-presidente executivo do Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Saúde Animal (Sindan), Emílio Salani. Em entrevista ao apresentador Marco Ribeiro, Salani comentou as principais causas dos abscessos e como isso pode ser minimizado com atitudes de cada elo do setor produtivo.
O representante do Sindan destacou que a solução para o impasse parte do diálogo entre as partes envolvidas, tanto governo, como indústrias e pecuaristas. “A vacina contra aftosa é o produto mais rastreado da indústria veterinária”, disse Salani, acrescentando ainda o papel relevante que o medicamento tem na conquista de status sanitário que permitiu ao Brasil tornar-se grande produtor e exportador de carne bovina, que se destina a mais de 150 países.
“Eu tenho sempre uma preocupação adicional, que é evitar qualquer desestímulo ao pecuarista para que em novembro a gente atinja os índices vacinais adequados e não coloque em risco tudo o que o pecuarista e o país ganharam”, declarou Salani.
Segundo o vice-presidente do Sindan, governo e indústria já estuda medidas em conjunto para solucionar o caso, mas o pecuarista pode ser agente importante do processo, melhorando dois aspectos na hora do manejo sanitário. “Assepsia e local de aplicação, no terço médio da tábua do pescoço e subcutânea”, resumiu. “Deste modo é muito mais fácil localizar possíveis nódulos e sua retirada. E é uma região sem carnes nobres, onde não há dificuldades para detectar quaisquer eventos”, completou.
Veja a entrevista completa de Emílio Salani ao Giro do Boi clicando no vídeo abaixo: