Um dado apresentado pela Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ) na última Expozebu deixou muitos criadores apreensivos. Das 61,5 milhões de matrizes de corte aptas à reprodução, segundo a Associação Brasileira de Inseminação Artificial (ASBIA), apenas 14 milhões são enxertadas através de sêmen, normalmente de touros provados. Outras 17 milhões de vacas são emprenhadas via touro oriundo de programas de melhoramento genético. Isso significa que 30 milhões de matrizes estão sendo enxertadas por touros sem qualquer controle genético rigoroso, os chamados “boi de boiada”. Este número é alarmante, pois compromete a qualidade genética do rebanho brasileiro, algo que preocupa profundamente os criadores e especialistas. Confira a entrevista com O zootecnista Ricardo Abreu, gerente de fomento do Programa de Melhoramento Genético de Zebuínos (PMGZ):
Impacto na pecuária
Esses números assustadores mexeram com os ânimos dos zebuzeiros, que preconizam a genética acima de tudo. A reprodução descontrolada por touros sem melhoramento genético pode levar a uma queda na qualidade dos bezerros, impactando diretamente a produção de carne no país.
O zootecnista Ricardo Abreu, gerente de fomento do Programa de Melhoramento Genético de Zebuínos (PMGZ), tem promovido debates profundos sobre o tema. Ele rodou a Expozebu com esses dados em mãos, levando a discussão aos criadores e enfatizando a importância de investir em genética de qualidade para garantir um futuro sustentável para a pecuária brasileira.
Soluções e perspectivas
A solução para este problema passa pela conscientização dos criadores sobre a importância do melhoramento genético. Investir em touros provados e em técnicas de inseminação artificial é crucial para melhorar a qualidade dos rebanhos. Além disso, programas de fomento e incentivo ao uso de genética superior podem ajudar a reverter esse cenário preocupante.
Os criadores precisam entender que a genética é um investimento a longo prazo que trará benefícios significativos para a produção de carne de qualidade. A melhoria contínua dos rebanhos é essencial para manter a competitividade do Brasil no mercado global de carne bovina.
Cenário urgente
A reprodução descontrolada por touros sem melhoramento genético é um problema sério que precisa ser enfrentado com urgência. A ABCZ e outras entidades do setor estão empenhadas em promover o uso de genética de qualidade, mas é necessário o engajamento de todos os criadores para que o Brasil possa continuar a ser um líder na produção de carne bovina de alta qualidade.
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