Os pecuaristas brasileiros estão prontos para aumentar o volume de gado em terminação confinada em 2,5% em 2024, totalizando 7,379 milhões de bovinos. Esta tendência, destacada pelo Censo de Confinamento da empresa de nutrição animal dsm-firmenich, reflete as intenções de confinamento no Brasil, com os envios de gado para terminação intensiva já iniciados no mês passado.
Fatores incentivadores do confinamento
Walter Patrizi, gerente técnico de confinamento para a América Latina da dsm-firmenich, enfatizou que a redução nos preços do milho e do farelo de soja, insumos essenciais na ração animal, é um fator crucial que tem incentivado os pecuaristas a adotarem o confinamento.
Além disso, as condições das pastagens, que perdem vigor com o clima mais frio e seco, também têm contribuído para essa decisão.
Distribuição estadual do confinamento
Os cinco estados com maior volume de bovinos confinados em 2024 devem ser:
- Mato Grosso: 1.571.870 animais (21% do total)
- São Paulo: 1.227.965 animais (17%)
- Goiás: 1.199.700 animais (16%)
- Minas Gerais: 840.870 animais (11%)
- Mato Grosso do Sul: 811.265 animais (11%)
Crescimento do confinamento de fêmeas
João Luiz Ribeiro Pacheco, especialista de dados da dsm-firmenich, relatou um aumento no número de fêmeas enviadas para confinamento desde 2022.
Utilizando a ferramenta de inteligência FarmTell, Pacheco destacou que o índice de fêmeas confinadas cresceu de 6% em 2021 para 16% em 2023.
Produtividade e retorno financeiro
Dados do Tour de Confinamento da dsm-firmenich, em parceria com o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), revelam que, em média, os bovinos ganharam 7,95 arrobas em 103 dias de terminação intensiva.
Os animais entraram com peso vivo inicial médio de 13,6 arrobas e saíram com 21,55 arrobas. O retorno sobre o investimento (ROI) por adotar o confinamento foi de 6,69%, indicando uma prática financeira viável e produtiva.
Adaptação dos pecuaristas brasileiros
O aumento previsto de 2,5% no confinamento de gado em 2024 reflete uma adaptação dos pecuaristas brasileiros às condições de mercado e climáticas, adotando estratégias que garantem tanto a produtividade quanto a rentabilidade.
Esta tendência também sugere um movimento crescente na direção de um manejo mais intensivo e eficiente na pecuária do Brasil.
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